Madeira

CDU exige Orçamento Municipal que garanta "coesão social e territorial" no Funchal

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Hoje, dia 6 de Dezembro, no final de uma reunião com a autarquia sobre o próximo Plano e Orçamento da Câmara Municipal do Funchal (CMF), a deputada Municipal da CDU, Herlanda Amado, apresentou as prioridades do partido nesta matéria.

Os comunistas defendem um Orçamento Municipal que garanta a "coesão territorial e social", assente em três eixos: "as acessibilidades, os transportes públicos e a habitação social".

"A melhoria de acessos e acessibilidades, bem como a construção de novos acessos, permitira garantir um desenvolvimento do Funchal no seu todo, sem que as flagrantes diferenças existentes hoje, fossem tão vincadas", começou por defender Herlanda Amado.

Quanto ao segundo ponto, e já "com mais e melhores acessos", entende que "seria possível exigir e intervir junto da Empresa Horários do Funchal, mais e melhores transportes públicos, o que hoje não acontece para quem vive por exemplo, no Galeão ou Jamboeiro, na freguesia de São Roque, ou até mais próximo do centro urbano na freguesia de Santa Luzia".

"A partir das 14 horasem alguns destes locais as populações não têm acesso aos transportes públicos e ao fim-de-semana os casos agravam-se, sem que exista qualquer alternativa, por exemplo para quem queira deslocar-se ao Funchal ou mesmo para os muitos trabalhadores que se vêem privados de deslocar-se para casa de transportes públicos, porque não lhes é garantido pelos Horários do Funchal", sublinha a comunista, defendendo "uma maior articulação entre as entidades envolvidas, Governo Regional, Câmara Municipal do Funchal e empresa Horários do Funchal, para que estas injustiças sejam eliminadas".

Numa outra nota salienta que a aposta na "progressiva gratuitidade dos transportes" teria também "positivos e grandes impactos ambientais", "reduzindo significativamente o número de viaturas individuais que diariamente entopem as principais artérias da cidade".

Em relação à falta de habitação, a CDU considera que "não houve articulação entre o Estado, o Governo Regional e o Município, para que a maior lista de espera para habitação do país, seja resolvida".

"É urgente e necessário que sejam tomadas medidas concretas de financiamento para a construção de mais habitação para quem dela necessita. Temos famílias em lista de espera há mais de 20 anos que são, ano após ano, enclausuradas numa lista de espera que ascende às 4 mil famílias", reforça.

"Só com a planificação e a garantia de financiamento efectivo para estes três eixos que consideramos fundamentais, poderemos garantir um desenvolvimento social e territorial para todos os funchalenses", conclui.