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Brasil soma 234 mortes e 7.765 casos em 24 horas com números em queda

Foto: EPA/Joedson Alves
Foto: EPA/Joedson Alves

O Brasil registou 234 mortes e 7.765 infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, num momento em que os vários indicadores da pandemia permanecem em queda no país, informaram hoje fontes oficiais.

No total, a nação sul-americana, com 213 milhões de habitantes, concentra 616.691 óbitos e 22.193.828 casos de covid-19, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde do Brasil, que compila os dados das 27 unidades federativas do país.

Contudo, os números hoje divulgados são parciais, uma vez que os estados da Bahia, Rondônia e Tocantins não conseguiram comunicar atempadamente os registos da doença das últimas 24 horas devido a problemas técnicos, tendo sido mantidos os dados do dia anterior.

No momento, a taxa de incidência da doença no Brasil é de 293,5 mortes e 10.557 casos por 100 mil habitantes. Já as médias diárias de óbitos e de infeções ficaram hoje em 184 e 7.916, respetivamente.

Os números confirmam a tendência de queda que o Brasil regista há vários meses, impulsionada pelo avanço da vacinação que vem sendo realizada em todo o país desde 17 de janeiro último.

Segundo dados oficiais, cerca de 75% dos brasileiros já receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, enquanto mais de 65% completaram o esquema vacinal.

Em números absolutos, o Brasil continua a ser o segundo país com mais mortes em todo o mundo, superado pelos Estados Unidos, e o terceiro com mais infeções, depois dos norte-americanos e da Índia.

Apesar da queda substancial nos indicadores da pandemia, o novo boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), hoje divulgado, discute a importância da monitorização do fluxo de pessoas pelas cidades, especialmente no período de festas de fim de ano e férias escolares no país sul-americano.

Os investigadores ressaltaram que as mudanças no cenário epidemiológico - no Brasil e no mundo - em relação à transmissibilidade e à disseminação das novas variantes do vírus levam à necessidade de se estabelecer uma nova política de fronteiras e de restrições.

"Mantemos a defesa incondicional do passaporte vacinal, inclusive pela liberdade de todos aqueles que têm enfrentado a Covid-19 com a responsabilidade que ela exige, para que possam voltar às suas atividades laborais e de lazer com segurança. Endossamos a importância de se exigir o passaporte vacinal de todos aqueles que ingressarem no país, como forma de mitigar a circulação do vírus e variantes", afirmam os cientistas da Fiocruz, centro de investigação médica de referência na América Latina e vinculado ao executivo brasileiro.

Esta semana, o Governo brasileiro publicou uma portaria que obriga a uma quarentena de cinco dias os viajantes não vacinados contra a covid-19 que desembarquem no país, numa medida que vigoraria a partir deste sábado.

Contudo, a portaria acabou por ser adiada hoje devido a um ataque cibernético a plataformas do Ministério da Saúde brasileiro, que comprometeu o sistema de notificação do Programa Nacional de Imunizações e as características técnicas que impedem a emissão do Certificado Nacional de Vacinação contra a covid-19.

De acordo com a medida, agora adiada para 18 de dezembro, todos os cidadãos que chegassem ao Brasil por via área a partir de sábado necessitariam de apresentar o certificado de vacinação contra a covid-19, além de um teste negativo à doença do tipo antígeno feito em até 24 horas antes do voo ou RT-PCR realizado em até 72 horas.

Se o viajante não estivesse imunizado, teria de fazer uma quarentena de cinco dias na cidade do seu destino final e, posteriormente, um novo teste à covid-19. Caso o resultado fosse negativo, estaria autorizado a prosseguir a sua viagem.

A covid-19 provocou pelo menos 5.286.793 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,88 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.