Resiliência ao disparate

Marta Temido (MT) disse na audição parlamentar que a “resiliência” e “outros aspetos” que não explicitou, são fatores a ter em conta “tanto como a competência técnica” para a seleção de profissionais de saúde (PrSa) para o SNS. MT deveria ter explicado qual o novo método apriorístico para essa avaliação na seleção dos PrSa para o SNS quando se sabe que só no exercício das suas funções e quando submetidos ao elevado stress resultante das difíceis condições em que exercem a sua profissão é que se poderá aferir a sua resiliência. Insofismável foi a extraordinária resiliência e espírito de sacrifício demonstrados pelos PrSa no combate à pandemia que evitaram o colapso do SNS, mas que pelos vistos não é suficiente para MT para quem, nem o facto de os PrSa frequentarem cursos exigentes e com médias de entrada das mais elevadas, sujeitos a exigente formação prática em unidades de saúde e aos respetivos exames de aferição, são condições necessárias e suficientes para ingressar no SNS. É o entendimento de MT e dos governos do PS de António Costa (AC) que nos últimos 6 anos apoiados por BE e PCP continuaram a degradar o SNS, como fizeram os sucessivos governos do PS nos últimos 20 anos. Só que os responsáveis da saúde de outros países europeus não pensam como MT e por isso todos os anos vêm a Portugal recrutar PrSa que consideram da mais alta qualidade. MT em vez de disparatar sobre a resiliência dos PrSa para desviar atenções do fracasso na gestão do SNS dos governos de AC com a extrema esquerda, deveria explicar como irá resolver os 17 milhões de horas extra acumuladas e milhares de dias de férias por gozar dos PrSa do SNS, como irá acabar com a vergonha das filas de utentes de madrugada ao frio e à chuva para obter uma senha para 1 consulta e como irá recuperar o atraso no tratamento de quem foi preterido por causa da pandemia. O que tem de acabar já nas próximas eleições é a resiliência dos portugueses aos disparates da governação de AC.

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