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Polónia alerta para perigo crescente vindo da Rússia e pede à UE que 'cerre fileiras'

Foto: EPA/TOMS KALNINS
Foto: EPA/TOMS KALNINS

O primeiro-ministro da Polónia alertou hoje para o perigo crescente que representa a Rússia e exortou a União Europeia (UE) a 'cerrar fileiras' e "preparar-se para o pior", dando como exemplo a recente crise migratória na Bielorrússia.

"'Hannibal ad portas' Este velho ditado indica quais são os desafios que devemos priorizar na UE. Um verdadeiro inimigo está a entrar pelas nossas portas", alertou Mateusz Morawiecki, utilizando a expressão latina que alerta para a proximidade de um perigo.

O conservador polaco, que se encontrou em Ljubljana com o seu homólogo esloveno, Janez Jans, apontou que embora o Presidente da Bielorrússia Aleksander Lukashenko e o seu "mestre do Kremlin" [em referência ao Presidente russo Vladimir Putin] tenham diminuído a pressão contra a fronteira comum com a UE, os acontecimentos recentes apontam para uma "situação de grande insegurança".

"Podemos esperar uma desestabilização subsequente", frisou, citado pela agência EFE.

Mateusz Morawiecki manifestou a esperança de que a crise possa ser resolvida diplomaticamente ou com as sanções já em vigor.

Mas salientou que a UE se deve também "preparar para o pior" de uma forma unida.

O governante polaco apontou situações que sugerem que "algo está a acontecer" como a mobilização de tropas russas perto da Ucrânia, a pressão com os migrantes, a campanha de desinformação na Internet contra os países da Europa Central e Oriental e a destabilização do mercado de energia com o aumento dos preços do gás.

Morawiecki analisou ainda que a inflação em Estados-membros como a Alemanha ou Espanha deve-se às manipulações da empresa estatal russa de gás Gazprom.