Madeira

CMF enaltece percurso de Vicente Jorge Silva

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A Câmara Municipal do Funchal expressa o seu mais profundo pesar pelo falecimento, esta terça-feira, dia 8 de Setembro, de Vicente Jorge Silva, "uma figura maior do jornalismo português", endereçando aos seus familiares e amigos as mais sentidas condolências.

Morreu Vicente Jorge Silva

A notícia foi avançada pelo Público

Sandra S. Gonçalves , 08 Setembro 2020 - 10:14

O Presidente Miguel Silva Gouveia destaca "o percurso de referência deste madeirense notável, que fez história no jornalismo do nosso país, antes e depois do 25 de Abril, e uma carreira sempre marcada pela coragem, pela capacidade de inovação e pela integridade e pensamento próprio, valores que nunca deixaram ninguém indiferente, também no cinema e na política, outras áreas que abraçou com paixão e convicção."

No passado mês de Abril, e em pleno período de confinamento ditado pela crise de saúde pública, Vicente Jorge Silva foi um dos convidados de Miguel Silva Gouveia para a iniciativa 'Falar Funchal', então transmitida semanalmente nas redes sociais da autarquia, "para uma conversa sobre o 25 de Abril, a liberdade de imprensa e a importância do jornalismo para a democracia, temas que marcaram o Portugal do último meio século e que encontraram em Vicente Jorge Silva um protagonista indiscutível, justamente quando era mais necessário".

"Foi um prazer debater com ele e uma mais-valia para todos os madeirenses ter uma plataforma para ouvir um dos seus, que apesar de viver em Lisboa há muitos anos, sempre manteve uma relação muito presente com a nossa terra", frisou.

Vicente Jorge Silva nasceu no Funchal a 8 de Novembro de 1945. Em 1966, depois de um período passado no estrangeiro, assumiu a direcção do jornal Comércio do Funchal, que desempenhou um importante papel na renovação da imprensa regional portuguesa, sendo conotado com a oposição ao regime salazarista. Em 1974, ingressou no semanário Expresso, fundado dois anos antes, onde exerceu as funções de chefe de redacção e de director-adjunto, e onde criou e dirigiu a Revista Expresso. Em 1990, foi cofundador e primeiro director do jornal Público. Já foi, igualmente, colaborador do Diário Económico, Diário de Notícias, semanário Sol e SIC Notícias, ao que somou um percurso como realizador de cinema, uma das suas grandes paixões.

"O seu falecimento deixa o pensamento crítico em Portugal mais pobre, mas o seu exemplo subsistirá para todos aqueles que acreditam numa comunicação social consciente, independente, justa e ao serviço de uma melhor democracia", conclui o Presidente.

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