Madeira

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica apreensivos com reestruturação

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Apesar de reconhecerem o esforço que está a ser levado a cabo pelo SESARAM, os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) da Região Autónoma da Madeira (RAM) estão preocupados com sua a reestruturação. O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), em resposta a uma notícia publicada no Diário de Notícias da Madeira, a 26 de Setembro, sobre algumas alterações realizadas no Serviço de Patologia Clínica e no Serviço de Sangue e Medicina Transfusional, congratula as medidas tomadas reforçando que eram, também, reivindicações do sindicato.

“O STSS reconhece o esforço de contratação levado agora a cabo pelo SESARAM. De facto, e como referido várias vezes pelo sindicato, as análises clínicas eram uma das áreas mais críticas em relação à contratação de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica. Situação que se agravou com a resposta à crise pandémica” refere Roberto Silva, dirigente nacional do STSS. Acrescentando, “agradecemos o elevado desempenho e sentido de responsabilidade profissional dos TSDT que têm estado na linha da frente no combate à pandemia. O STSS pede agora atenção a outras áreas que estão também carenciadas de TSDT, como por exemplo, a Cardiopneumologia”.

O STSS, refere o comunicado, sempre defendeu uma maior acessibilidade dos utentes aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica e, por isso, fica agradado com a disponibilização de mais centros de colheita no concelho do Funchal. “No entanto, é com alguma preocupação que vemos a questão do Centro de Saúde do Bom Jesus pois este é um posto de colheitas avançado, com colheitas especiais e que, devido à sua natureza, têm de ser realizadas por Técnicos de Análises Clínicas. É, com certeza, uma situação que iremos abordar na reunião que o STSS irá realizar em breve com o Conselho de Administração, pois pode resultar numa diminuição da acessibilidade que não é o que se pretende”, alerta Roberto Silva.

A estrutura sindical mostra-se, ainda, preocupada com a reestruturação que está a ser realizada nos Serviços de Patologia Clínica e de Sangue e Medicina Transfusional.  Para o dirigente sindical, “apesar de termos apresentado um memorando no início deste ano ao SESARAM, no qual se defende uma restruturação destes serviços, a verdade é que esta reestruturação tem sido desenhada sem a participação do sindicato e dos TSDT. E isto pode representar problemas na operacionalização das opções estratégicas”. No entanto, Roberto Silva reconhece que “o SESARAM como as outras entidades públicas regionais, têm tido, tradicionalmente, uma postura dialogante com os representantes dos TSDT, o que é uma mais valia para os profissionais, para as instituições e sobretudo para os utentes” e, por isso, acredita que será este o caminho no futuro.

Finalizando, “é com elevada satisfação que o STSS vê a nomeação de Fernanda Alves para Técnica Diretora dos TSDT, uma vez que é uma profissional idónea, com o perfil certo, que ao longo dos anos tem demonstrado capacidade de liderança dentro deste grupo profissional e, por isso, reúne consenso entre os colegas. Em nome do sindicato aproveito para desejar as maiores felicidades à nova Técnica Diretora, pois o seu sucesso nesta sua nova, difícil e imprescindível missão, irá representar um sucesso para todos os TSDT”.

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