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Abertura do novo ano lectivo em São Tomé marcado por regras sanitárias

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O primeiro ministro são-tomense, considerou que o ano lectivo 2020-2021 será diferente dos "outros vivenciados até agora", lembrando que o mesmo será marcado pela pandemia de Covid-19 que impõe regras sanitárias aos alunos e professores.

"Este arranque do novo ano letivo não é semelhante a nenhum outro vivenciado até agora. Marcado pelo ritmo da pandemia Covid-19 e a imprevisibilidade do seu impacto, pelo estado de calamidade, pelas orientações sanitárias", disse Jorge Bom Jesus na abertura hoje do novo ano letivo, cujo lema é: "Todos de regresso à escola com segurança e responsabilidade".

"Este será certamente um ano letivo histórico, atípico, que vai exigir dos fazedores da educação e seu decisores mestria, inovação, criatividade, espírito de sacrifício, pedagogia do erro, humildade e trabalho", acrescentou o governante na cerimónia que juntou membros do governo, representantes de órgãos de soberania e do corpo diplomático.

O primeiro-ministro lembrou que desde março as crianças estão em casa confinadas, "a escola foi para casa, através da rádio e das tele-aulas, muitos pais tornaram-se tutores, professores, cúmplices, companheiros e mais amigos dos seus educandos durante longas horas".

Em São Tomé e Príncipe entendemos que a suspensão das aulas presenciais foi indubitavelmente importante para conter a disseminação da Covid-19", explicou o chefe do executivo.

De acordo com o governante, o Ministério da Educação e Ensino superior promoverá, este ano, com apoio dos parceiros de cooperação um ano letivo para a comunidade educativa que permita o cumprimento das regras de saúde e segurança públicas.

"A promoção da igualdade, equidade e inclusão, a conceção de respostas escolares que mitiguem desigualdades para que todos os alunos alcancem as competências previstas, a garantia de acesso e permanência das crianças no sistema educativo, combatendo o absentismo e o insucesso escolar" fazem parte do programa que o Ministério da Educação vai executar com apoio dos parceiros.

Jorge Bom Jesus considera que o estabelecimento de um rácio de 30 alunos por professor é uma situação que "foi acautelada" pelo Ministério da Educação e Ensino Superior, reconhecendo, contudo que será "um grande desafio" para as autoridades educativas.

O regime de frequência letiva foi reduzido e a tripla rotação das turmas que o governo promete "compensar com outras estratégias pedagógicas complementares".

Jorge Bom Jesus quer que cada professor "cumpra e faça cumprir" as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de higienização, distanciamento e usos das máscaras.

Dedicou "uma palavra de apreço e esperança em dias melhores" aos professores com os quais o governo reconhece ter "muitos problemas estruturais e conjunturais para resolver em sede de concertação social", designadamente, salários e condições de trabalho.

A ministra da Educação e Ensino Superior, Julieta Rodrigues explicou que o início das aulas será faseado, sendo que no dia 08 serãá a vez das crianças da educação pré-escolar e dos alunos do primeiro ciclo do ensino básico.

Em meados de setembro iniciam os alunos do segundo ciclo do ensino básico e os do ensino secundário, enquanto as universidades só arrancam em outubro.

O regresso às aulas pressupõe a criação de condições de acolhimento, subordinadas ao momento e à evolução da pandemia da Covid-19", alertou Julieta Rodrigues.

Entre sábado e terça-feira foi registado apenas um caso positivo do novo coronavírus elevando a infeções acumuladas no país para 896.

De acordo com o Ministério da Saúde, nas últimas 48 horas foram realizados 51 testes que deram todos resultado negativo.

O número de doentes recuperados situa-se nos 853, continuando três pacientes internados no hospital de campanha e 25 em isolamento domiciliário.

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