Sara Madruga da Costa criticou, esta semana e perante o Ministro do Mar, a postura do Governo da República em relação à estratégia nacional do mar e ao Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030. A deputada do PSD/M eleita pela República sublinhou “que não pode haver uma visão global sobre este recurso e focada no país que negligencie a Madeira, onde se iniciou, precisamente, a vocação atlântica portuguesa”.

Sara Madruga da Costa lamentou, na audição regimental a Ricardo Serrão Santos que teve lugar na Assembleia da República, a inexistência de quaisquer referências à Madeira na dimensão marítima do plano apresentado por Costa Silva, particularmente a falta de referências ao sucesso do Registo Internacional de Navios ou, mesmo, à aquacultura, actividade que foi elogiada recentemente nos Açores e que é ignorada no respeitante à Madeira, onde já existe há mais de 24 anos.

“Isto para já não falar da falta de valorização das reservas das Ilhas Desertas e Selvagens”, vincou.

No seu entender, não faz sentido, “que o Governo da República continue a ignorar a Madeira e a sua importância e dimensão atlântica”, sendo de lamentar que, numa matéria de tão fundamental importância, o Estado Português não seja capaz de olhar para o País como um todo e de implementar uma estratégia tendente a garantir o desenvolvimento económico e a sustentabilidade deste recurso, na globalidade do território.

Na oportunidade, voltou a confrontar o Ministro a propósito das negociações do Fundo Europeu e Marítimo das Pescas no que às reivindicações da Madeira diz respeito e, também, sobre quais os mecanismos de apoio às pescas que estão a ser equacionados no âmbito do fundo de recuperação das RUPs.

“Espera-se que, nestas duas situações, as pretensões da Madeira não sejam ignoradas”, concluiu.