Madeira

Agentes turísticos traçaram perfil do sector juntamente com socialistas

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O Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Madeira promoveu esta tarde, na Reitoria da Universidade da Madeira, uma mesa redonda de debate, com o tema 'Turismo na Madeira: o momento e o futuro'. Na ocasião, os agentes turísticos traçaram um perfil do sector, lançando algumas soluções e apontando "falhas governativas".

A iniciativa contou com o contributo de Eustáquio Gonçalves, Director Geral do Hotel Montemar Palace e Estalagem do Mar; Mestre Barbosa, Director Geral MB Travel; André Barreto, Director Geral Hotel Quintinha de São João; Jhonathan Rodrigues, Director Geral Madeira Adventure Kingdom. A moderação esteve a cargo do deputado socialista Sérgio Gonçalves e o encerramento contou com Paulo Cafôfo, presidente do PS-Madeira.

Sérgio Gonçalves reforçou que “o turismo, para o PS, é um tema prioritário”, apontando que “não deve haver o distanciamento entre o poder político e o privado quando temos de ouvir e perceber o que se passa neste sector”, reforçando mesmo que “o turismo tem um peso enorme na economia da Madeira”.

“Todas as propostas e as pessoas são válidas para serem ouvidas para melhorar e colmatar este momento que é de incerteza e de desconfiança”, vincou.

Já no debate, Estáquio Gonçalves sublinhou que “as dificuldades a Norte não deverão ser muito diferentes das que o sector a sul passa”. “A Norte, 5% do emprego é suportado pelo grupo”, disse, apontando que “neste momento, não estamos a trabalhar para gerir bem ou mal, mas sim apenas para tentar sobreviver”. Na ocasião, defendeu “uma majoração igual à que acontece no Porto Santo”, salientado ainda que “as empresas precisam de injecção de capital” pois “a ocupação não é suficiente para colmatar os salários dos funcionários e o layoff não é suficiente, apesar de já ser uma ajuda”.

Por sua vez, André Barreto, apontou que “os apoios do Governo Regional não chegaram a todos". "Nem sei a quem foram atribuídos”, disse.  "Tivemos de deixar de pagar a fornecedores para cumprir obrigações com o Estado para aceder às linhas de crédito”, situação que se torna insuportável tendo em conta a baixa ocupação nos meses de Verão. 

"Não podemos continuar com a política de obras públicas, derramando ‘rios’ de dinheiros sem critério e que deveriam ser canalizados para outras áreas e sectores”, defendeu.

Jhonathan Rodrigues, na sua intervenção, disse não saber como é que “a empresa ainda sobrevive, mas de certeza que não foi com apoios externos", que esses não teve. “Será que alguma empresa sobrevive com 5 mil euros”, questionou, explicando que “tendo a actividade completamente parada, e não é a fundo perdido como dizem, pois, para isso tenho de manter os postos de trabalho, algo quase impossível de acontecer”.

A fechar o painel, Mestre Barbosa, atirou que “as pessoas que estão no Governo, antes de serem governo, pediram-me opiniões, depois de ganharem as eleições mandaram-me à vida”. Expôs ainda que “recebemos de apoio de 35 mil euros numa empresa e 11 mil noutra, no entanto, em impostos pagamos 1,5 milhões de euros”, criticando assim a falta de sensibilidade dos órgãos de governo.

Por fim, falou da Associação de Promoção da Madeira no apoio ao sector. “Nenhum dos operadores, no estrangeiro, com quem a 'MB Travel' é parceira, foi contactada pela AP-Madeira”, apontando que “este contacto é da responsabilidade da AP-Madeira” que não o tem feito.

Paulo Cafôfo encerrou o debate, com uma vincada mensagem sobre a importância do turismo.

"O turismo está no topo das prioridades do Partido Socialista”

Paulo Cafôfo salienta importância do sector

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