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Ministra da Saúde diz que SNS garantiu resposta assistencial

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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) garantiu "cabalmente" a resposta às necessidades assistenciais dos portugueses nos primeiros seis meses da pandemia da covid-19, disse hoje a ministra da Saúde.

Marta Temido, que falava em Coimbra num evento do PS, no Convento São Francisco, assinalou de seguida a "primeira lição" a retirar da situação: "não devemos voltar a ignorar que vale mesmo apena apostar em serviços de saúde públicos, de caráter universal, geral e pago por impostos".

"A segunda lição é a de que Portugal está mais bem preparado para enfrentar a próxima fase [da pandemia], tem mais recursos, mais organização, mais experiência e mais conhecimento", frisou.

Salientando que o país tem pela frente "um contexto complexo", à semelhança da Europa, por causa do regresso às aulas presenciais e da gripe sazonal, Marta Temido realçou que é necessário continuar a apostar na prevenção e "garantir outras respostas de saúde além da covid-19".

A este propósito, reiterou a intenção do ministério de investir 33,7 milhões de euros na recuperação da atividade assistencial, alocando 7,7 milhões às primeiras consultas perdidas e 26 milhões na atividade em doentes em Lista de Inscritos para Cirurgia acima do Tempo Máximo de Resposta Garantida (TMRG).

Marta Temido reiterou ainda a intenção do Governo em reforçar a capacidade de cuidados intensivos com um investimento de 26 milhões de euros, "garantindo a parte que falta daquilo que já fizemos", no âmbito da Estratégia Integrada outono/inverno do Governo contra a pandemia da covid-19.

"Já adquirimos um conjunto significativo de equipamentos de ventilação mecânica e não só, mas precisamos de complementar a sua disponibilização com equipamentos e infraestruturas de suporte", referiu a ministra, salientando que o número de ventiladores vai chegar aos 1.100.

Os valores, inscritos no Plano de Estabilização Social e Económica, pretendem "não só garantir que Portugal fica com capacidade de resposta à pandemia, como para garantir que fica com capacidade de ter um número de camas de cuidados intensivos por 100 mil habitantes que alinha com a média europeia (11,5 camas)".

A estratégia do ministério da Saúde passa ainda por um investimento de 8,4 milhões no reforço da capacidade laboratorial, de forma a se atingir a realização de 20 mil testes diários à covid-19.

A ministra da Saúde anunciou ainda que, dentro de dias, vai estar em consulta pública o regulamento do projeto Bairros Saudáveis, aprovado em junho em Conselho de Ministros, para promoção da saúde pública, com um investimento de 10 milhões de euros.

A iniciativa visa apoiar projetos de promoção de saúde e de qualidade de vida apresentados por associações, organizações não governamentais, movimentos cívicos e organizações de moradores com as autarquias e as autoridades de saúde.

"Sabemos que o financiamento é de um valor relativamente reduzido face à dimensão do que é preciso mudar, mas que é um primeiro sinal daquilo que seja o apoio a projetos de promoção da saúde e da qualidade de vida apresentados pelos próprios que vão beneficiar", sublinhou.

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