Favores e discriminação?

“E que se diga, não queremos nem precisamos de favores, não admitimos é a discriminação em relação a outras iniciativas. Aceitamos as medidas, procuramos corresponder a toda prevenção e proteção sanitária, mas vamos realizar a festa porque os trabalhadores e o povo precisam desta Festa do Avante” Jerónimo de Sousa (JS) dixit. Em linguagem do “povo”, é preciso JS ter muita “lata” para fazer uma proclamação destas. “Favores” têm-nos tido desde sempre desde mão de obra e trabalho gratuitos à isenção de impostos para levar a cabo uma “Festa” com entradas pagas onde tudo o que é consumido é pago, exceção feita à propaganda, gerando uma receita muitíssimo favorecida se comparada com a esmagadora maioria das parcas receitas comerciais das outras festas que nesta altura do ano aconteciam por todo o País e eram o ganha pão daqueles que trabalhavam para levá-las avante. “Discriminação” a existir será positiva e a favor do PCP. ”Os trabalhadores e o povo precisam desta Festa do Avante” será mesmo? Claro que não. O povo precisa é evitar ser contaminado pela pandemia nesta “Festa” como nas outras festas que nesta altura do ano, se não fosse a Covid 19, teriam lugar de Norte a Sul de Portugal e que eram em muitos casos senão a única pelo menos a principal fonte de receita para empresários e trabalhadores que delas tiravam o seu sustento. O PCP é que “precisa” e tudo faz para levar avante a “Festa” de modo a não perder a receita que esta, a exemplo das anteriores, lhe poderá proporcionar com um investimento mínimo fruto da utilização de mão de obra gratuita de centenas de trabalhadores e do não pagamento de impostos, o que lhe permite maximizar os respetivos lucros. Deixemo-nos de tretas, a Festa do Avante tem sido não só um evento cultural mas também de natureza vincadamente comercial e gerador de receitas isentas de impostos devido ao seu cariz partidário. Portanto favores e discriminação só se for a favor do PCP e nunca contra, com ou sem “Festa”.

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