Coronavírus Madeira

Madeira apresenta número mais baixo de casos nas regiões NUTS II

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Foto Shutterstock

O número de casos de covid-19 por habitante na Madeira permanece como o mais baixo entre as regiões NUTS II do país, refere uma nota da Direcção Regional de Estatística hoje divulgada.

As regiões NUTS II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) são constituídas por sete unidades, das quais cinco no continente (Norte, Algarve, Centro, Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo) e as duas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Em 06 de Agosto de 2020, na Região Autónoma da Madeira, o número de casos confirmados por 10 mil habitantes era de 4,8, muito inferior ao do país (50,8 casos por 10 mil habitantes), refere o documento "Em Foco" dedicado aos efeitos da pandemia da covid-19 na vida económica e social da região.

Por concelho

O concelho de Câmara de Lobos registava 12,5 casos confirmados por 10 mil habitantes, sendo o valor mais elevado observado a nível regional, mas ainda assim quatro vezes menor que a média nacional.

O Funchal, município mais populoso da Madeira, apresentava um rácio inferior à média regional (2,9 casos por 10 mil habitantes).

Emprego

No que diz respeito ao mercado de trabalho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Direcção Regional de Estatística (DRE) referem que a "taxa de desemprego cresceu para 6,7% no segundo trimestre "mais 1,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior", indicando ainda que "cerca de 16,9% da população empregada da região trabalhou a partir da sua residência".

Portos e Aeroportos

O 'Em Foco' dá conta que "os portos de cruzeiros da região continuam sem receber navios de cruzeiro, desde que em Março foram tomadas medidas no sentido de proibir a atracagem deste tipo de navios", tendo passado 143.142 passageiros em trânsito, "representando uma perda de 54,4% no primeiro semestre deste ano em termos homólogos".

Na linha marítima Madeira-Porto Santo, "as perdas em Abril foram quase totais (apenas 173 passageiros nos dois sentidos), com as quedas em maio e Junho a ascenderem aos 78,1% e 42,1%, respectivamente".

Nos aeroportos da região, as medidas restritivas para contenção da covid-19 também tiveram "um impacto fortíssimo".

Com efeito, diz a DRE, o movimento de passageiros (embarcados, desembarcados e em trânsito) nos dois aeroportos da região em Março de 2020 reduziu-se em 50% e quase se anulou por completo em Abril e Maio.

"Assim, no quarto mês deste ano, passaram pelos dois aeroportos da região apenas 371 passageiros e, em maio, 1.839. Em Junho, existiu uma ligeira recuperação, com o total de passageiros a não chegar contudo aos nove mil (8.841), traduzindo uma redução de 97,1% face ao mesmo mês de 2019. As perdas acumuladas do 1.º semestre já ascendem aos 61,7% em termos homólogos", realça.

Transportes públicos

Nos transportes terrestres, a DRE assinala uma "acentuada redução nos passageiros transportados nas carreiras urbanas, que no segundo trimestre de 2020 rondou os 68,2%".

Turismo

No Turismo, a DRE adianta que as "dormidas" ficaram "em mínimos históricos", realçando que, "depois de um início de ano auspicioso, seguiu-se uma queda de cerca de 50% em Março, assistindo-se em Abril e Maio à quase neutralização da actividade turística, com o número de dormidas no alojamento turístico colectivo a não ultrapassar os 4,0 mil e os 5,0 mil respectivamente".

"Em Maio, a quase totalidade dos estabelecimentos estiveram encerrados ou sem movimento, situação a que apenas escapou 1,6% dos estabelecimentos do Turismo no Espaço Rural e de Habitação, 2,6% da hotelaria e 3,4% das unidades de alojamento local".

Com tão baixo número de dormidas, indica a DRE, "os proveitos totais e de aposento foram mínimos (-99,8% e -99,7%, respectivamente em termos de variação homóloga), tal como o RevPAR que, em maio deste ano, afundou para os 6,41 euros, caindo 87,1% em termos homólogos".

A taxa de ocupação-cama em Maio, que nos últimos sete anos esteve quase sempre entre os 60% e 70% (sendo que em maio de 2016 superou mesmo esta marca), não ultrapassou os 12,3%.

Numa primeira projecção dos valores de Junho 2020, o INE estima para a região cerca de 16,9 mil dormidas, o que representará um recuo homólogo de 97,6%, referindo aquele organismo que 76,5% dos estabelecimentos da região declararam cancelamentos para os meses de Junho a Outubro deste ano.

Receitas fiscais

No que diz respeito às receitas fiscais, o 'Em Foco' salienta que "o imposto sobre veículos quebrou 43,7%, reflectindo a redução na aquisição de veículos automóveis novos, enquanto o Imposto sobre o Tabaco recuou 26,8%. O confinamento teve impacto no consumo de combustíveis, provocando uma redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (-14,9%). O Imposto de Selo também recuou 7,4%".

Descarregue aqui o 'Em Foco' dedicado aos efeitos da pandemia covid-19 na vida económica e social da Região (até Agosto de 2020):

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