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Bélgica abre inquérito sobre morte de argelino após detenção policial

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As autoridades belgas abriram um inquérito judicial para apurar as circunstâncias da morte de um cidadão argelino que foi transportado para o hospital depois de ter sido detido no domingo em Antuérpia (norte da Bélgica), foi hoje divulgado.

Imagens da detenção do homem, de 29 anos, foram publicadas nas redes sociais, com várias denúncias de violência policial.

Em declarações às agências internacionais, o porta-voz da polícia de Antuérpia, Sven Lommaert, disse hoje que o homem em questão estava a comportar-se de forma agressiva num café situado naquela cidade portuária, localizada na região da Flandres.

Segundo o porta-voz da polícia, o homem "tentou agredir pessoas e estava muito agitado", tendo tentado provocar estragos no mobiliário do café.

"Quando os polícias chegaram ao local, constataram que o homem estava ferido na cabeça e parecia estar sob a influência de estupefacientes", prosseguiu Sven Lommaert.

Os agentes policiais imobilizaram e algemaram o suspeito, que ficou deitado no chão, segundo relatou o porta-voz da polícia de Antuérpia, acrescentando que os serviços de emergência médica foram chamados ao local e que chegaram cerca de 12 minutos depois.

Quando os serviços de emergência médica chegaram, o homem não reagiu, de acordo com Sven Lommaert.

No local, os paramédicos reanimaram o suspeito, que foi transportado em estado crítico para o hospital, onde, apesar da intervenção das equipas médicas, acabou por morrer.

O Ministério Público belga confirmou hoje que abriu uma investigação para apurar "as circunstâncias exatas da detenção e da morte" deste homem que, segundo a polícia, residia em Bruxelas.

A partilha das imagens deste caso nas redes sociais está a ser acompanhada por frases como "murderinantwerp" ('assassínio em Antuérpia', na tradução em português) ou "justiceforAkram" ('justiça para Akram', na tradução em português) e surge num momento em que a opinião pública está particularmente atenta à questão da violência policial, após a morte por asfixia do afro-americano George Floyd, em maio passado nos Estados Unidos, quando estava sob custódia de agentes policiais.

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