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Lufthansa perdeu 2.100 milhões de euros até Março

Foto EPA/RONALD WITTEK
Foto EPA/RONALD WITTEK

O grupo de aviação Lufthansa teve um prejuízo líquido de 2.100 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, seis vezes mais do que no período homólogo, devido às restrições de viagens devido à pandemia de covid-19.

A empresa informou hoje que o volume de negócios caiu 18% entre janeiro e março, para 6.400 milhões de euros (7.800 milhões de euros no ano anterior).

“O tráfego aéreo em todo o mundo teve uma paralisação quase completa nos últimos meses. Isso reduziu o nosso resultado trimestral numa dimensão que nunca havia ocorrido”, disse Carsten Spohr, presidente do grupo Lufthansa, na apresentação dos números.

Na segunda-feira, o conselho de supervisão da Lufthansa aceitou as condições da Comissão Europeia (CE) no plano de resgate do governo alemão.

Carsten Spohr anunciou também uma forte reestruturação à medida que a oferta vai recuperando “muito lentamente”.

O grupo Lufthansa planeia reduzir “significativamente” os custos unitários em relação ao ano passado, trabalhando em regime de meio período com 87.000 funcionários.

A Lufthansa vai adiar ou cancelar projetos planeados para reduzir os custos fixos e intensificar os programas de reestruturação na sua subsidiária austríaca Austrian Airlines e na Brussels Airlines.

A Austrian Airlines aprovou uma redução da capacidade a longo prazo, reduzindo os custos de frota e pessoal em 20% e a Brussels Airlines planeia reduzir a frota em 30% e a força de trabalho em 25%.

Os programas de reestruturação e redução de custos também serão implementados noutras subsidiárias do grupo.

O grupo adiantou que estão a decorrer negociações com os fabricantes de aeronaves para adiar a compra de unidades.

A Luftansa está também a estudar a venda de subsidiárias que não fazem parte do seu negócio principal.

Alguns meios de comunicação especularam recentemente que a Luftansa poderia vender a sua subsidiária de serviços de manutenção Lufthansa Technik.

O governo alemão vai tornar-se o acionista maioritário da Lufthansa com um plano de resgate de 9.000 milhões de euros.

A participação pública direta na empresa será de 20% e será realizada mediante a subscrição de ações em aumento de capital.

O governo alemão pode vir a aumentar a sua participação na Lufthansa em 5%, até 25% do capital, comprando dívida conversível em ações ordinárias para proteger a empresa no caso de uma oferta hostil de aquisição.

A empresa já disse no final de abril que espera uma perda maior no segundo trimestre e, no momento, considera que não é possível fornecer previsões precisas para todo o ano de 2020.

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