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Lufthansa está a negociar ajuda estatal de 9 mil milhões de euros

A Lufthansa anunciou hoje que está a negociar com o Estado alemão um programa de ajuda “de 9 mil milhões de euros” que pode incluir uma nacionalização parcial do grupo, para evitar a falência devido à atual crise.

As negociações “em curso” envolvem um crédito, mas também “uma entrada do Estado no capital da empresa” que pode ir até 25%, com uma minoria de bloqueio, explicou a companhia aérea em comunicado, acrescentando que o Estado pretende um lugar no conselho fiscal do grupo.

“Uma participação silenciosa e um crédito garantido” estão também a ser discutidos, adiantou a companhia, que está a perder atualmente um milhão de euros por hora devido à paragem quase total das suas operações devido à pandemia de covid-19.

As negociações que estão a decorrer desde março complicaram-se devido às contrapartidas que serão definidas para resgatar a empresa.

A administração da Lufthansa recusa ser influenciada pelos poderes políticos nos países onde tem atividade: Alemanha, Áustria, Suíça e Bélgica.

“Precisamos de ajuda pública, mas não de uma administração nacionalizada”, reiterou esta semana o líder da Lufthansa, Carsten Spohr, numa assembleia-geral de acionistas.

Atualmente, o grupo tem ainda cerca de 4 mil milhões de euros de liquidez, explicou Spohr, acrescentando que as negociações visam “evitar a falência”, numa altura em que o número de passageiros baixou 99%.

Dos seus 760 aparelhos, cerca de 700 estão atualmente parados e mais de 80 mil dos 130 mil trabalhadores estão em situação de desemprego parcial.

Na Suíça, o Estado helvético vai garantir empréstimos no valor de 1,2 mil milhões euros às filiais locais do grupo Lufthansa, Swiss e Edelweiss.

Na Áustria, a Austrian Airlines (AUA), outra subsidiária da Lufthansa, pediu uma ajuda pública de 767 milhões de euros.

No primeiro trimestre, o grupo alemão teve uma perda operacional de 1,2 mil milhões de euros e espera um resultado ainda pior nos próximos três meses.

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