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Centenas de passageiros de dois cruzeiros desembarcam em Marselha e em Barcelona

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Centenas de passageiros de dois navios de cruzeiro desembarcaram hoje nos portos de Marselha e Barcelona, no Mediterrâneo, após semanas sem por um pé em terra devido à pandemia da covid-19, provocada por um novo coronavírus.

Em Marselha, mais de 1.700 passageiros, entre os quais 700 franceses, do navio Magnifica, onde não foi detetado qualquer caso da covid-19, começaram hoje a desembarcar após uma volta ao mundo reduzida, indicou a empresa MSC Croisières.

Na terça-feira, “todos os passageiros estarão nas suas casas”, garantiu à agência France Presse o diretor-geral em França da MSC, Erminio Eschena.

A agência regional de saúde referiu que não foi realizado qualquer teste ao novo coronavírus à saída da embarcação. “Não havia qualquer caso a bordo, os passageiros (...) não desembarcavam há 40 dias”, precisou.

Desde 15 de março, as autoridades francesas autorizaram a acostagem no porto de Marselha de seis navios de cruzeiro, “permitindo o repatriamento de mais de 2.200 passageiros europeus”, indicou na sexta-feira a prefeitura de Bouches-du-Rhône.

No entanto, recusaram autorização ao navio Costa Deliziosa da companhia Costa para fazer uma escala não prevista em Marselha para desembarcar várias centenas de passageiros.

Após cinco semanas no mar, uma parte dos 1.814 passageiros daquele cruzeiro desembarcou hoje em Barcelona e os restantes terminarão a viagem em Itália, em Génova, na terça-feira ou quarta-feira.

Mais de 400 franceses do navio Costa Deliziosa vão de autocarro de Barcelona para Montpellier (sul de França) onde passarão a noite antes de seguirem para o seu destino final.

Também neste caso não foi assinalado qualquer caso de coronavírus. O cruzeiro partiu a 5 de janeiro de Veneza, antes da declaração da pandemia.

“O navio chegou” e cerca de 170 “espanhóis desembarcaram e já estão a caminho de casa”, disse um porta-voz da empresa Costa Cruceros (grupo Carnival).

Desde o aparecimento do novo coronavírus na China no final de 2019, vários navios de cruzeiro tornaram-se focos da covid-19. Considerados “bombas ao retardador”, alguns foram recusados por vários portos.

Outros, não atingidos pela doença, tiveram mesmo assim de alterar itinerários devido ao encerramento de portos em vários países.

Grupos de cruzeiros como o Costa e o MSC decidiram interromper todas as partidas até ao final de maio devido à crise sanitária.

Segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165.000 mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

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