>
País

Estudantes açorianos no continente pedem ajuda a Marcelo para voltarem a casa

Foto Lusa
Foto Lusa

Um grupo de estudantes açorianos deslocados no continente apelou hoje ao Presidente da República para que desenvolva “todos os esforços” no sentido de regressarem às suas casas, nas diferentes ilhas.

De acordo com a missiva, a que a agência Lusa teve acesso, os alunos pedem a Marcelo Rebelo de Sousa que envide “todos os esforços no sentido de que seja realizada uma operação de resgate segura, incluindo transporte aéreo e terrestre”, para chegarem às suas ilhas de origem.

“Todo o país está em casa e nós, mais tarde ou mais cedo, temos de voltar, mas adiámos a ida para não ir na altura de maior movimento e sem controlo de segurança. Já existem medidas de segurança a serem cumpridas por todos os organismos, por isso, apesar de ser uma altura de elevado contágio, também é a altura em que há, à partida, melhores hábitos de higiene”, afirmam os jovens.

Enquanto chefe de Estado, os estudantes açorianos querem que Marcelo Rebelo de Sousa “interceda junto das restantes entidades competentes, para que seja possível voltar a casa em segurança”.

O grupo de estudantes já tinha enviado uma carta, no início deste mês, ao presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, solicitando uma intervenção junto do Presidente da República para que fosse realizado um “resgate seguro” para as suas ilhas de residência.

Os estudantes sugeriam mesmo que esse resgate fosse realizado através do recurso a um avião C295, da Força Aérea Portuguesa, com capacidade para 70 passageiros.

Em 08 de abril, o Governo Regional dos Açores recomendou aos estudantes açorianos deslocados no continente que permaneçam onde estão, mas disponibilizou apoios ao alojamento e alimentação para situações de carência económica.

O executivo açoriano admite fazer uma reavaliação da situação no dia 30 de abril e, se necessário, “implementar novas soluções”, consoante o evoluir do surto e o número exato de estudantes que pretendem regressar à região.

Os estudantes adiantam na carta enviada ao Presidente da República que estão “dispostos a realizar a quarentena segundo as diretrizes que acharem ser as melhores” e “de forma a assegurar que a movimentação desta massa de pessoas seja realizada sem colocar em risco a saúde pública”, manifestando ainda a disponibilidade para serem testados.

Os estudantes recordam que o seu “pedido de ajuda à região não teve resposta satisfatória” e consideram que a sua situação “foi adiada, dado que até dia 30 de abril, segundo nota pública da SATA, a companhia não realiza voos”.

A Autoridade de Saúde dos Açores indicou hoje que, até ao momento, já foram detetados na região um total de 102 casos, verificando-se 10 recuperados, cinco óbitos e 87 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 56 em São Miguel, seis na ilha Terceira, quatro na Graciosa, seis em São Jorge, 10 no Pico e cinco no Faial.

Portugal regista 599 mortos associados à covid-19 em 18.091 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 32 mortos (+5,6%) e mais 643 casos de infeção (+3,7%).

Fechar Menu