Madeira

Nós, Cidadãos! à espera de respostas sobre o pós-20 de Fevereiro e descontente com o que vê

As críticas vão das obras à falta de formação para o risco

Foto Arquivo
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Numa altura em que se assinala uma década sobre a aluvião de 20 de Fevereiro de 2010, o Nós, Cidadãos! questiona o Governo Regional sobre se estão hoje a Região, os municípios e as localidades mais protegidas e melhor preparadas para lidar com situações semelhantes ou mais graves, o que foi feito em termos de intervenção, de prevenção e de formação/sensibilização. E deixa críticas.

O partido pretende saber se já foram para o terreno todas as obras no âmbito da Lei de Meios, no Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira, e no âmbito do conjunto de intervenções associadas às obras de reconstrução do temporal, se foram dadas por concluídas e quanto sobrou “para eventuais ou necessários investimentos?”. Quer saber ainda se “já está terminado o processo de realojamento definitivo das famílias afectadas? Foi já assegurado o controlo da exposição ao risco, pois uma das recomendações do ‘estudo de avaliação do risco de aluviões na ilha da Madeira’, encomendado pelo Governo Regional, e da Câmara Municipal do Funchal, identificou 90 habitações que deviam ser desocupadas por se encontrarem em zonas de elevado risco? Em que patamar se encontra a recuperação do coberto florestal nas serras, sendo unanime que a prevenção das cheias começa a montante, onde, através da vegetação, as terras e as pedras podem ser contidas, e nos últimos anos temos assistido a um processo lamentável de degradação e destruição do coberto florestal, particularmente devido aos incêndios e ao avanço de espécies invasoras?”.

O partido sem representação parlamentar num texto enviado à redacção, acredita que ainda há muito a fazer. “Basta percorrer as vias circundantes às ribeiras de Santa Luzia e Ribeira de João Gomes e observar o estado lamentável em que estas ainda se encontram”. E pergunta pelas acções de sensibilização, formação e educação para o risco. A resposta vem do próprio Miguel Costa, membro do partido e deputado municipal na Câmara Municipal do Funchal, que assina o texto: “depois de alguma abordagem tímida nos primeiros momentos, que depressa – e para nosso lamento – a educação para o risco foi, mais uma vez, totalmente esquecida”, lê-se.