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Estudo alerta para 12 milhões de americanos desempregados sem apoios após o Natal

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Cerca de 12 milhões de americanos desempregados deixarão de receber qualquer ajuda após o Natal, quando as medidas de apoio à pandemia terminarem, alerta um estudo divulgado pela Century Foundation, um grupo de reflexão democrata.

Em resposta aos despedimentos maciços e à quebra das receitas provocada pelo confinamento, duas medidas de apoio que expiram em dezembro tinham sido postas em prática em março.

O acesso às medidas foi alargado a trabalhadores que normalmente não tinham direito aos apoios ao desemprego, como os da "gig economy" (a recibos verdes), como acontece com a Uber.

A ajuda será paga a 7,3 milhões de pessoas até ao final de dezembro, de acordo com os cálculos da Century Foundation.

A duração do pagamento dos subsídios tinha sido prolongada por 13 semanas, um pouco menos de três meses, o que deveria beneficiar 4,6 milhões de americanos até ao Natal.

As prestações de desemprego são pagas nos Estados Unidos por cada um dos 50 estados, que fixam o montante e a duração da prestação, seis meses para os mais bem pagos.

Um total de 40 milhões de pessoas, ou um em cada quatro trabalhadores, receberam um destes dois benefícios desde março, segundo o referido estudo.

A Century Foundation acrescenta que mais 4,4 milhões de pessoas ficarão sem recursos antes da data em que os seus direitos de desemprego expiram.

Mais 2,9 milhões terão o apoio durante mais 13 semanas. Segundo o estudo, o programa ainda estará em vigor no final de dezembro em 18 dos 50 Estados do país onde o desemprego é particularmente elevado.

Os Estados têm de contribuir com 50% do pagamento, o que é complicado quando muitos têm assistido a uma quebra drástica das suas receitas, uma vez que os impostos recebidos têm diminuído, observam os autores do estudo.

Um montante adicional de 600 dólares por semana atribuído a todos os desempregados já expirou no final de julho, substituído em alguns Estados apenas por um montante menor.

Se os representantes republicanos e democratas do Congresso não encontrarem até lá um compromisso sobre um novo plano de apoio económico, seria a primeira vez de todas as recessões recentes que a ajuda seria cortada tão cedo após o início da crise, salienta o estudo.

A taxa de desemprego desceu para 6,9% em outubro, mas 11,1 milhões de americanos, segundo as estatísticas oficiais, continuam desempregados, um terço dos quais há mais de seis meses.

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