Raquel Silva, deputada municipal PSD, salientou que a situação da pandemia agravou o sentimento de insegurança, mas há algum tempo que já se sentia a desertificação, o menor poder de compra e menos convívios pós-laboral, que contribuem para o agravamento das situações na cidade. 

Reconhecendo que o Governo Regional tem um papel chapéu nesta temática, por poder trabalhar em toda a região, mas os municípios têm um papel crucial.

Defendeu que a proposta não tem nada a ver com a Polícia Municipal, que terá o seu tempo e não era chamada para as questões de segurança pública, que cabem à PSP. Seria prudente esquecermos a polícia municipal, frisou. O tema não foi esquecido e esteve no cerne do debate que se seguiu. 

Ainda assim, a proposta visa trazer a PSP para dentro daquilo que são as vivências de cada comunidade, lembrando a deputada municipal que desde 2008 há um protocolo entre a PSP e a associação nacional de municípios, sendo este um passo em diante. 

Pretende-se, disse, que este protocolo vise que a PSP trabalhe não de forma reactiva, mas preventiva, com base num instrumento de gestão integrada com outras entidades a montante e a juzante da sua actuação. A PSP está aflita com a quantidade de chamadas e de situaçõess que não consegue responder, lamentou.

Ainda que com reparos e naturais oposições à proposta, nomeadamente do PTP por considerar que a polícia devia servir mais a população e não perseguir cidadãos, ou da Coligação Confiança que entende que este projecto é cópia do trabalho já realizado pela autarquia, a mesma foi aprovada com votos favoráveis do PSD e CDS, contra do PTP e abstenção das restantes bancadas.