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Brasil supera as 150 mil mortes após somar 559 óbitos em 24 horas

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Foto EPA

O Brasil ultrapassou este sábado as 150 mil mortes (150.198) devido à covid-19, após registar 559 óbitos em 24 horas, informou o Ministério da Saúde no seu último boletim epidemiológico.

As autoridades de Saúde brasileiras investigam ainda a eventual relação de 2.347 mortes com a doença causada pelo novo coronavírus.

Em relação aos casos confirmados, o Brasil contabilizou 26.749 infecções em24 horas, elevando para 5.082.637 o total de pessoas diagnosticadas desde o início da pandemia, registada oficialmente no país em 26 de Fevereiro.

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 544 vítimas mortais e 34.650 infectados em 24 horas.

No total, o consórcio constituído pelos principais media do Brasil revelou que o país totaliza 5.091.840 casos e 150.236 vítimas mortais, desde a chegada da pandemia ao país.

No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, 4.453.722 pacientes já recuperaram da doença, enquanto que 478.717 infetados estão sob acompanhamento médico.

São Paulo, foco da pandemia no país, tem agora 1.034.816 casos de infecção, sendo seguido pela Bahia (324.964), Minas Gerais (321.140) e Rio de Janeiro (283.407).

Já as unidades federativas com mais mortes são São Paulo (37.223), Rio de Janeiro (19.284), Ceará (9.130) e Pernambuco (8.408).

Apesar das taxas de morte e contágio no Brasil estarem em queda, o ritmo ainda é lento, na visão de epidemiologistas.

Contudo, grande parte do país já está há várias semanas num processo de reabertura económica, com os cidadãos a abandonarem quase totalmente o isolamento social decretado por prefeitos e governadores no início da pandemia.

"O comércio e algumas indústrias são importantes, mas isso deveria ser feito com muito cuidado. Nós observamos que, infelizmente, o Brasil não tem uma coordenação nacional de procedimentos dessa retomada económica", avaliou o investigador Christovam Barcellos, da Fundação Oswaldo Cruz, em declarações à AFP.

No dia em que o Brasil chegou às 150 mil vítimas mortais pela covid-19, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a minimizar a gravidade da pandemia e afirmou que a hidroxicloroquina poderia ter poupado a vida de muitos brasileiros.

Bolsonaro, um dos chefes de Estado mais céticos em todo o mundo face à gravidade do vírus, disse que o país sul-americano teria 30% menos mortes caso esse fármaco - normalmente utilizado em doenças como a malária, mas sem comprovação científica contra a covid-19 - tivesse sido receitado em larga escala.

"Esse estudo vai chegar um dia. Vou chutar: por volta de 30% das mortes poderiam ser evitadas pela hidroxicloroquina, usada na fase inicial", declarou o Presidente, numa transmissão nas suas redes sociais.

Na transmissão, o chefe de Estado brasileiro disse ainda a uma apoiante para não se preocupar caso seja infectada pelo novo coronavírus.

"Se pegar (covid-19) um dia, não fique preocupada. A gente evita, não é? Estou com 65 anos. Não senti nada. Nem uma gripezinha. Zero. Zero. Nada", frisou Bolsonaro sobre a sua experiência após ter testado positivo para a doença em julho último, da qual recuperou cerca de 20 dias depois.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e nove mil mortos e perto de 37 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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