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Pandemia, temporada 2

A actividade económica precisa de alguma normalidade para manter postos de trabalho

1-Com o grande contributo da imprensa tem sido possível chegar a este resguardo arquipelágico, notícias dos quatro cantos do mundo sobre a evolução da situação de pandemia.

As notícias não são boas.

Ainda assim, assiste-se lá fora (cá dentro, de vez em quando) a discussões (algumas pouco saudáveis) sobre a obrigatoriedade ou não do uso da máscara.

Usar máscara como medida de protecção será menos lesivo para o que se conhece do fenómeno da socialização, do que o isolamento social.

A proibição de convívios familiares, a proibição de ajuntamentos sociais nos meios universitários ou outros, a possível suspensão da festa do Natal… isto tudo será sempre pior do que não usar máscara, persistindo a opção de ignorar a existência de uma pandemia.

O cenário é simples como um questionário de véspera de eleições:

Está a pensar em votar? / Se sim, já definiu a sua opção?

Neste caso:

Está a pensar ficar “doente COVID?” Se sim, já pensou como? Se não, já pensou como?

Poderá estar a fazer falta a pergunta objectiva a cada cidadão: o que é que lhe dá na real e suprema vontade fazer, para não ficar doente COVID? Façamos esse exercício.

Ninguém quer viver fechado em casa.

Todos queremos rapidamente retomar uma vida normal.

A actividade económica precisa de alguma normalidade para manter postos de trabalho.

Os contextos familiares que conhecemos não são compatíveis com isolamentos.

Gostamos de abraços e de afectos.

Quase por ironia sujeitamo-nos a ficar privados do que gostamos, caso não tenhamos a consciência (mínima) que estamos a viver uma pandemia.

Viver numa ilha tem o constrangimento inultrapassável de ter de usar um tubo de metal para respirar outros ares. Apanhar um avião para deslocações de lazer não é uma opção razoável neste momento. O vaivém de deslocações por obrigação, são fontes de problemas que bastam.

Não há tempo a perder com dúvidas sobre o que é essencial neste momento. Proteger. Proteger. Proteger. Proteger. Proteger.

2- A temporada Outono e Inverno para os profissionais de saúde em época de pandemia será ainda mais exigente, porque além da actividade diária, terá de ser assegurada a actividade própria desta época e ainda o circuito COVID. Não se esperam tempos fáceis.

Os agradecimentos e reconhecimentos aos profissionais de saúde chegaram de várias entidades ao longo deste período Os resultados obtidos decorrem do esforço de cada um, unidos em torno de um objectivo comum. Proteger. Proteger. Proteger.

A Operação Aeroporto corre pelos 4 cantos do mundo como uma atuação exemplar. Tudo graças ao esforço de cada um, unidos em torno de um objectivo comum. Proteger. Proteger. Proteger.

Este objectivo comum tem de ser partilhado por todos os sectores. Proteger. Proteger. Proteger.

3-Em dia de Aniversário do DN felicito na pessoa do Diretor Ricardo Miguel Oliveira todos os que abraçaram a profissão de jornalista e construíram a sua carreira no Diário de Notícias da Madeira. Alguns seguiram outros rumos profissionais mas também deixaram a sua marca. Uns reconhecemos pela dedicação ao desporto ou à cultura, áreas que necessariamente ganhamos afinidade por gosto pessoal. Outros reconhecemos pelo amor à profissão que brota de cada letra que é escrita. Tal como outras profissões, é preciso gostar do que se faz. Quem faz o que gosta, vive feliz. Neste dia de aniversário, com provas da obra feita, parabéns a todos os que contribuíram para estes 144 anos.

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