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UE apela a Governo israelita para pôr fim aos colonatos na Palestina

FOTO Reuters
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O porta-voz do Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa apelou hoje ao Governo israelita para parar a construção de colonatos nos territórios ocupados da Palestina, obedecendo ao direito internacional.

“Apelamos ao Governo de Israel para obedecer ao direito internacional, acabar toda a actividade de colonatos em territórios ocupados e acções relacionadas. A violência dos colonos sobre civis palestinianos e as suas propriedades tem de ser parada e prevenida. A UE também reitera que não reconhece quaisquer mudanças das fronteiras anteriores a 1967, incluindo Jerusalém, para lá daquelas acordadas por ambas as partes”, lê-se em comunicado.

A UE sublinha a sua “posição clara” de que “todos os colonatos em território palestiniano ocupado são ilegais e um obstáculo face à solução de dois estados, bem como uma paz justa e duradoura, tal como dita a resolução 2.334 do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

A chefia da diplomacia europeia referia-se ao anúncio, por parte das autoridades israelitas, da aprovação para construção de quase 2.000 habitações em colonatos ilegais na Cisjordânia, uma decisão que se segue a desenvolvimentos recentes de colonatos, incluindo em locais sensíveis como Jerusalém leste ou Hebron.

Mais de 600.000 colonos israelitas estabeleceram-se nos territórios ocupados, nos quais vivem quase três milhões de palestinianos.

Perto de 400.000 colonos judeus estão estabelecidos nos colonatos da Cisjordânia, onde vivem cerca de 2,7 milhões de palestinianos. No total, incluindo Jerusalém leste anexada, mas não integrada na Cisjordânia, o total de colonos judeus instalados em territórios palestinianos ocupados cifra-se em 600.000.