Madeira

Empresas estão mais prudentes na procura do crédito

Caixa Geral de Depósitos entregou distinção PME Líder 2018 a 33 empresas madeirenses

Foto Rui Silva/Aspress
Foto Rui Silva/Aspress

A procura de crédito das empresas tem melhorado, mas ainda assim, porque há resquícios do período da crise económica e financeira, muitas empresas têm estado mais renitentes a recorrer aos bancos, optando mais pelo capital próprio do que nos anos anteriores.

Esta é uma das realidades actuais que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem sentido na Madeira, apesar de ter liquidez para a concessão de crédito e dos níveis de malparado estarem equiparados aos nacionais - nas famílias e empresas da Madeira está nas percentagens mais baixas em 7 e 5 anos. No final de 2018, as empresas madeirenses tinham um rácio de crédito vencido (ou malparado) de 14,8%.

Esta manhã 26 das 33 pequenas e médias empresas clientes da CGD na Madeira que foram premiadas no âmbito do projecto PME Líder 2018, participaram num encontro de distinção na Escola Profissional de Hotelaria da Madeira. Na Região, a CGD tem uma carteira de clientes composta por 149 PME’s, muitas com volume de negócios acima dos cinco milhões de euros anuais, sendo que o banco público tem cerca de 10% da quota de mercado regional.

Jorge Medeiros, director comercial de um dos três segmentos da CGD, no caso o Gabinete de Empresas (além das Agências e das Grandes Empresas), salienta que estas 33 empresas foram premiadas por terem “rácios económico-financeiro robustos, reforçando ainda que estes representam 22,1% das PME Líder madeirenses premiadas nesta edição da iniciativa do IAPMEI a que aderem voluntariamente, contando com apoio dos bancos (11 das principais instituições de credito do país).

“Temos sentido, no âmbito do PAEF (vigorou de 2012 a 2015), uma contracção muito grande na procura de crédito, as empresas sente-se que ainda estão de alguma forma receosas e com algum estigma disso”, analisou o gestor. “Nota-se que se fazem muito mais capitais próprios do que no passado, portanto têm essa preocupação”, frisou, salientando que o banco entenda que isso “é positivo” e reconhece que “é uma atitude mais prudente” em face do passado recente, embora não seja tanto positivo para uma instituição de crédito com muita liquidez.