Rússia e Venezuela defendem solução pacífica para a crise venezuelana
Os vice-ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da Venezuela, Sergei Riabkov e Félix Plasencia, defenderam hoje a procura conjunta de uma solução política para a crise venezuelana, durante uma reunião em Moscovo.
“Confirmou-se novamente a posição de princípios de ambos os países a favor de solucionar as divergências políticas na Venezuela de forma pacífica, através do diálogo inclusivo entre as forças políticas”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado.
No texto refere-se a necessidade de que todas as partes interessadas respeitem a soberania da Venezuela, a não interferência nos seus assuntos internos e o repúdio pelo uso da força.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo indicou que o encontro decorreu numa “atmosfera construtiva de confiança” e que os dois governantes debateram temas atuais e ligados à cooperação russo-venezuelana, além de discutirem a interação dos dois países nas organizações internacionais.
A reunião surge no seguimento da crise venezuelana, que se acentuou a 10 de janeiro último, quando o Presidente Nicolás Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos (2019-2025), tendo por base resultados oficiais das eleições presidenciais antecipadas de 20 de maio de 2018.
Um dia depois a oposição, que se recusou a participar no processo, denunciou irregularidades.
Vários países não reconhecem o novo mandato de Nicolás Maduro e insistem na exigência da convocação de novas eleições presidenciais, livres e transparentes, no país.
A 23 de janeiro o então presidente do parlamento venezuelano (onde a oposição detém a maioria), Juan Guaidó, acusou Nicolás Maduro de estar a usar o poder.
Nesse dia, Guaidó autoproclamou-se Presidente interino da Venezuela e anunciou uma “rota de luta” no país que, segundo o próprio, passa pelo “fim da usurpação, um governo de transição e eleições livres”.