Mundo

Morreu o fotojornalista que retratou a crise dos refugiados Yannis Behrakis

FOTO Reuters
FOTO Reuters

O fotógrafo grego Yannis Behrakis, prémio Pulitzer em 2016, morreu aos 58 anos, vítima de cancro, comunicou hoje fonte familiar do repórter da agência Reuters, premiado pelo seu trabalho sobre a crise dos refugiados.

Behrakis, que começou a trabalhar para a Reuters em 1988, cobriu cenários de conflito, como o Afeganistão ou a Serra Leoa, e acontecimentos como a Primavera Árabe e a crise dos refugiados.

Vencedor do World Press Photo em 2000 e do prémio Bayeux-Calvados em 2002, foi o fotógrafo do ano de 2015 para o jornal britânico The Guardian, sendo um ano depois distinguido com o Pulitzer, pela forma como captou a crise dos refugiados.

“A perda para o mundo da informação é enorme. São poucos os que deixam tudo para captar a verdade, sobretudo nos tempos atuais das notícias rápidas e descartáveis e dos títulos sensacionalistas. Yannis Behrakis defendeu-a nos quatro cantos do mundo”, assinalou o vice-ministro grego da Informação e Política Digital, Lefteris Kretsos.

A associação de imprensa estrangeira em Atenas assinalou que Yannis Behrakis esteve presente em inúmeras guerras, eventos políticos, sociais e desportivos que marcaram o mundo nas últimas décadas, mas “dizer que os cobriu com a sua câmara é pouco”.

“As suas imagens deram forma à maneira como percebemos os acontecimentos”, sublinhou a associação, em comunicado.

Behraki afirmou uma vez: “Estou aqui para mostrar o melhor e o pior da condição humana”.