Madeira

António Trindade desolado com estado actual do Hospital dos Marmeleiros após visita

Foto Hélder Santos/ASPRESS
Foto Hélder Santos/ASPRESS

O Hospital dos Marmeleiros está em obras desde o dia 12 de Junho de 2018, altura em que se iniciou a requalificação no exterior daquela unidade de Saúde. A 2.ª fase deveria iniciar-se já este mês, segundo as previsões, ou seja, no interior do hospital. E foi aí dentro que, hoje, numa ida ao referido Hospital a fim de visitar um familiar, António Trindade focou a sua desolação numa mensagem partilhada na sua conta pessoal de Facebook.

“Não consigo deixar de manifestar, neste meu espaço, o sentimento de revolta e de desolação perante o que se me apresenta. Perante a devoção de uma classe médica e de enfermagem, a quem presto toda a minha homenagem, o estado de tão grande deterioração de um edifício (exteriores, interiores, paredes, portas, soalhos, equipamentos, etc) que sobrelotado, não pode fazer minimamente face a algo que se possa considerar como resposta digna às necessidades de uma população debilitada e muitas vezes desesperada”, começou por referir o administrador do Grupo Porto Bay.

“Não basta falar num novo Hospital público, que, na melhor das hipóteses, estará operacional dentro de 6 ou 7 ou 8 anos. O que fazer com os doentes que nestes próximos tempos não têm qualquer oportunidade de recorrer ao serviço privado de saúde ? É que, por aquilo que vi, o estado de degradação só pode piorar e a um ritmo incalculável. E isto sem referir o deficit de pessoas e de medicamentos. Quando abro um jornal e vejo notícias, não só sobre os resultados dos loucos investimentos públicos, mas também sobre tantas manifestações de lazer e desportivas e outras ditas festas culturais, fortemente subsidiadas para servir interesses de “pequenos poderes”, pergunto-me se quem gere o poder tem consciência tranquila sobre as prioridades que assume”, interrogou António Trindade, mostrando-se disponível para “poder colaborar nalguma redução destes males”, acrescentando ainda que “pessoal e empresarialmente” paga impostos, o que lhe permite “ser crítico em relação à política seguida por aqueles que gerem o dinheiro dos outros”.

A empreitada no exterior custou aos cofres do executivo madeirense uma verba aproximada de 1 milhão de euros.