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Protagonismo do Movimento Zero na manifestação dos polícias espelhada nos jornais

O Correio da Manhã põe cá fora informações sobre o interrogatório a José Sócrates

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“Sócrates multiplica heranças”, escreve o Correio da Manhã, que revela o interrogatório do ex-primeiro-ministro no âmbito da Operação Marquês. “Gasta de 30 mil euros numas férias e disse que foi a mãe quem pagou”, acrescenta. Entre outras informações, Sócrates disse que não pediu ajuda a Santos Silva, mas que foi este quem a ofereceu. A imagem maior é da manifestação das forças de segurança pública ontem junto à Assembleia da República, uma manifestação pacífica onde sobressaiu o Movimento Zero e o deputado do Chega, André Ventura.

O Diário dá grande destaque a esta manifestação e explica como o Movimento “capturou o protesto”. A imagem ocupa praticamente toda a página. No rodapé espaço apenas para três chamadas, uma delas sobre a OCDE, que avisa que se houver nova crise as famílias podem perder metade dos rendimentos.

“Tolerância zero”, escreve o JN, sobre este tema. O jornal diz que foi precisamente o Movimento Zero que mais se destacou na manifestação sindical. Em Janeiro há nova manifestação. “Norte quer milhões de Bruxelas para ligar ao TGV espanhol”, revela a manchete. Na questão da eutanásia, o PS propõe que doente escolha lugar onde morre. O futebol marca também esta edição, com o FC Porto a proteger Bruno Silva com cláusula de 125 milhões.

O Público diz que o Movimento saiu da Internet e tomou conta da manifestação dos polícias, mas di-lo em chamada menor. Os temas em destaque são o buraco do Montepio, que poderá cair no colo dos associados. Em causa estão mil milhões. A foto principal é de Leonard Cohen, no Ipsilon. “O eterno sedutor deixou-nos mais um disco”. A suspeita de corrupção do primeiro-ministro israelita, a dívida dos hospitais que chega aos 700 mil euros e um professor suspenso por agredir aluno surdo são outras chamadas nesta edição.

No i, as agressões são no outro sentido, com relatos de professores-vítima. Em grande também Sócrates. “Cinco anos depois da detenção ainda não se sabe se vai haver julgamento”. A manifestação surge a um canto, sem imagem. Diz que os polícias foram ordeiros e o Movimento Zero continua clandestino. As contas das Europeias, as nacionalizações anunciadas na Inglaterra e os Rolling Stones são outros temas chamados à primeira.

No Negócios, as empresas desvalorizam incentivos ao investimento. “Doutorados ainda não sabem de vão ganhar 1.201 euros ou 3.192”, escreve o jornal sobre os precários do Estado. O concurso só abriu para 30%.

No Económico, “Chega duplica intenções de voto no mês seguinte às legislativas”. Também uma entrevista com o director da Easyjet, José Lopes, afirma que o aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa é o “terceiro pior aeroporto em pontualidade”. A companhia opera em 161. Também nesta edição, a Caixa Geral de Depósitos pediu estudo à Nova School of Business and Economics sobre créditos a Vale do Lobo.

Nos desportivos, Mourinho faz a capa d’ A Bola. “Yes, I Can”, escreve o jornal, fazendo eco da conferência de imprensa de apresentação do novo treinador do Tottenham, onde estiveram uma centena de jornalistas. “Agora sou um treinador melhor”, afirmou. Ele acha que pode ser campeão para o ano, acrescenta o desportivo. No Record, o destaque é para a saída de Samaris e mais cinco do Benfica. Jorge Jesus e Mourinho também merecem atenção, embora em tamanho xs. O Jogo olha para o Porto. “Fábio vale ouro”, titula, sobre a cláusula de rescisão do jogador, agora a maior de sempre.