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Tecnologia com avanços científicos alvo de investimento de 89 ME este ano em Portugal

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As empresas tecnológicas dedicadas à inovação e avanços científicos, chamadas ‘deep tech’, foram alvo de um investimento de 89 milhões de euros, em Portugal, este ano, segundo um estudo da Atomico, sociedade de capital de risco.

“O financiamento no ‘deep tech’ para Portugal atingiu 89 milhões de euros em 2019, o mesmo valor que todos os financiamentos de ‘deep tech’ nos últimos cinco anos, o maior avanço em financiamento” com exceção da Roménia, de acordo com um comunicado, onde a Atomico cita dados da consultora Dealroom.

Na mesma nota realça que as empresas tecnológicas europeias estão num bom caminho para a angariação recorde de mais de 26 mil milhões de euros em financiamento este ano, face aos 22 mil milhões de euros no ano anterior.

A Atomico, que investiu na Uniplaces, publicou hoje o relatório “Estado da Tecnologia Europeia 2019”, onde revelou ainda que “é esperado que o financiamento em Portugal desça até 66% para 126 milhões de euros em 2019. Esta informação possivelmente reflete o efeito da elevada ronda da OutSystems (322 milhões de euros em Portugal) em 2018”, lê-se na mesma nota.

Citando ainda os dados da Dealroom, o estudo mostra que ainda há muito a fazer para combater desigualdade neta área. “Entre Portugal e Espanha, em 2019, 92% de financiamento foi todo para equipas de homens, um nível semelhante ao de 2018”, de acordo com o estudo.

Segundo o mesmo estudo, nesta área “pelo menos 80% de inquiridos negros/africanos/caribenhos reportaram terem experienciado discriminação ligada à sua etnia”.

Citado no mesmo estudo, Tom Wehmeier, parceiro na Atomico, e autor do relatório disse que “a tecnologia europeia continua a destacar-se na economia global embora o foco da imprensa seja na turbulência dos mercados e na tecnologia global este ano. A economia europeia pode não estar imune, mas as suas empresas tecnológicas continuam a quebrar recordes nos últimos 12 meses”.

Este estudo contou também com um inquérito, por parte das empresas Slush, Orrick e a Atomico. O inquérito foi conduzido entre setembro e outubro de 2019, tendo sido recebidas mais de 5.000 respostas.