Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são formados por uma confederação de monarquias árabes, chamadas emirados (equivalentes a principados), detendo cada um a sua soberania, estando situados no sudeste da Península Arábica, fazendo fronteira com Omã e com a Arábia Saudita. Os sete emirados são Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah.

A capital e segunda maior cidade dos Emirados Árabes Unidos é Abu Dhabi, sendo também o centro de actividades políticas, industriais e culturais, porém é o Dubai a cidade mais populosa.

O Papa Francisco visitará os Emirados Árabes Unidos, de 3 a 5 de fevereiro de 2019, para participar no encontro inter-religioso internacional sobre a ‘Fraternidade Humana’. O convite partiu do príncipe herdeiro de Abu Dhabi, do xeque Mohammed bin Zayed e da Igreja nos Emirados, que acolhem 250 mil trabalhadores estrangeiros católicos.

A viagem pontifícia vai ter como lema ‘Fazei de mim um instrumento da vossa paz’, frase retirada da oração de São Francisco de Assis, figura pioneira no diálogo entre cristãos e muçulmanos que está na origem do nome escolhido pelo atual Papa.

O logotipo apresenta uma pomba estilizada, em amarelo e branco, as cores do Vaticano, com um ramo de oliveira na boca, símbolo da paz, e a bandeira dos Emirados Árabes Unidos nas asas.

Num compromisso contra a intolerância religiosa e na luta contra a pobreza, Francisco será o primeiro pontífice a deslocar-se à Península Arábica, prevendo-se uma “visita histórica” que visa o “o diálogo sobre a coexistência pacífica entre os povos”.

A Santa Sé e os Emirados têm relações diplomáticas desde 2007 e em 2010 este país árabe nomeou uma embaixadora no Vaticano, Hissa Al Otaiba.

Os Emiratos Árabes Unidos e a Fundação Varkey convidaram em 2016 as ‘Scholas Occurrentes’, um projeto criado pelo Papa, a organizar uma experiência-piloto com os jovens do Dubai, a primeira desta rede educativa promovida num país muçulmano.

Segundo o relatório 2018 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, os cristãos são 12,4% da população dos Emirados (9,2 milhões de pessoas); os muçulmanos, 76,7%, não têm direito a mudar de religião e a apostasia do Islamismo é punível com a morte.

Bem sabemos que Deus é grande e com o sucessor de Pedro partilhamos a esperança num mundo melhor, à dimensão divina onde todos têm o seu lugar de eleição, porque somos filhos muito amados dum Pai que sempre nos protege e guia.

Maria Susana Mexia