O vice-presidente do Governo Regional (GR) esteve esta manhã no Paul da Serra, onde visitou os trabalhos de construção da barragem do Pico da Urze, uma obra de “grande investimento”, que está a ser efectuada na Madeira e que terá uma “repercussão a nível regional, nacional e internacional”.

De acordo com Pedro Calado, esta obra em um “alcance regional fantástico”, uma vez que vai permitir “reduzir a dependência que a Região tem em termos das emissões e da compra de combustíveis fósseis, permitindo ainda “aumentar a percentagem de produção de energias renováveis” na Madeira.

No entender do governante, esta é a melhor resposta do GR aos que acham que o executivo não tem uma visão futurista. Uma resposta dada com “obras concretas e físicas que estão a ser desenvolvidas e planeadas para que garantam no futuro uma melhor e maior sustentabilidade dos nossos recursos naturais”, referiu, acrescentando que quando se apresenta uma obra de 71ME com esta envergadura, “estamos a fazer com que a Madeira aumente a sua capacidade energética de energias renováveis”.

O trabalho que aqui está a ser feito, vai permitir aumentar as energias renováveis até 50%. a madeira tinha em 2005/2006, uma produção na ordem dos 16%, em 2018 passou para os 31% e, segundo Calado, quando esta barragem estiver concluída, já no final deste ano, será possível aumentar a produção de energia renovável para 40%, sendo que, no final de 2020, atingirá os 50%.

Para Calado, este objectivo está “ao nosso alcance” e é uma forma de a Madeira “olhar pelo futuro, pela natureza, pelo meio ambiente e pela sustentabilidade das novas gerações”.

A obra decorre a bom ritmo e deverá estar concluída no próximo mês de Agosto. Vai permitir para já um abastecimento de água directo à população da Calheta e da Ponta do Sol, sendo que futuramente, deverá abranger a zona da Ponta do Pargo. Futuramente, graças a uma obra de investimento prevista com a Empresa de Electricidade da Madeira, a ideia é fazer com que este aproveitamento hídrico consiga abastecer a zona do Funchal.

O investimento global desta obra é de 71 milhões de euros, sendo 45 milhões comparticipados em termos comunitários e os restantes 25 milhões foram assegurados por parte do Orçamento Regional.