A Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, entregou, hoje, ao Procurador do Ministério Público uma nova queixa-crime contra o Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa.

Através de um comunicado de imprensa referiu que em causa está a afirmação do edil, no dia 10 deste mês: “A Secretária do Ambiente sempre que abre a boca só diz asneiras”, em resposta ao facto de a Secretária Regional, como é sua obrigação, face à escassez deste recurso essencial à nossa população e à manutenção de actividade agrícola e industrial, ter uma vez mais alertado para a perda de água em baixa, nomeadamente, no concelho de Santa Cruz, que atinge os 70% daquela que é distribuída em alta pela ARM, quando o razoável seria apenas 40%.

No mesmo comunicado, refere que ‘asneira’, em qualquer dicionário, significa tolice ou grosseria. No seu entender, “a Secretária Regional não disse qualquer disparate, pois baseou-se em dados estatísticos fiáveis, nem proferiu qualquer palavrão, pois quanto a (falta de) educação está tudo dito”.

Diz ainda que como “na política não pode valer tudo”, como esta é uma “afirmação infundada, descabida, maldosa e proferida de forma inteiramente gratuita, que ultrapassa largamente os limites que uma intervenção pública pode conter”, como viu o seu “bom-nome, dignidade e honorabilidade atingidos”, não podia deixar passar em claro, sem apresentar esta Queixa de alguém que reincide na difamação e na ofensa.

Susana Prada conclui que, “como se tratam de ofensas pessoais que extravasam o âmbito de uma sã convivência entre interlocutores políticos, redigiu esta queixa, tal como a anterior, com apoio dos juristas que tem na família mais próxima, não tendo qualquer encargo para o erário publico. Espera o mesmo do acusado na sua defesa”.