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Estados Unidos impõe novas sanções a “oligarcas” russos e responsáveis oficias

FOTO Reuters
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Os Estados Unidos anunciaram hoje novas sanções contra 38 pessoas e entidades russas acusadas designadamente de participar em “actividades malignas” no mundo e promoverem “ataques” da Rússia contra “as democracias ocidentais”.

Sete “oligarcas” apresentados como próximos do Kremlin e de Vladimir Putin e 12 empresas que possuem ou controlam foram incluídas nesta nova lista de medidas punitivas, das mais severas adoptadas pela administração de Donald Trump contra Moscovo.

Entre os abrangidos figuram Oleg Deripaska, proprietário do gigante de alumínio Rusal, Igor Rotenberg, Viktor Vekselberg e Kirill Chamalov, importantes responsáveis do sector energético, e Souleïman Kerimov, milionário e senador, anunciaram os responsáveis norte-americanos.

Outros 17 “altos responsáveis governamentais” estão também incluídos, incluindo o dirigente da empresa pública Gazprom, Alexeï Miller, e Andreï Kostine, administrador do VTB, o segundo banco russo igualmente detido pelo Estado.

O ministro do Interior Vladimir Kolokoltsev, o dirigente da Guarda Nacional Viktor Zolotov e o secretário-geral do Conselho de segurança russo, Nikolaï Patrouchev, estão igualmente incluídos na lista.

“Os Estados Unidos adoptam estas medidas em resposta ao conjunto das atitudes escandalosas e das actividades nefastas do Governo russo, que prosseguem através do mundo”, declarou aos ‘media’ um alto responsável da Casa Branca.

Estas medidas incluem “a sua ocupação da Crimeia, o incitamento à violência no leste da Ucrânia, o apoio ao regime de Bashar al-Assad na Síria” e as “ciberatividades malignas”.

“Mas, antes de tudo, é uma resposta aos contínuos ataques da Rússia para subverter as democracias ocidentais”, acrescentaram os mesmos responsáveis, que falaram com os jornalistas na condição de anonimato.

Em Março, os Estados Unidos tinham já visado com sanções 19 russos e outras entidades, para além de ter expulso dezenas de diplomatas e encerrado dois consulados russos em resposta ao “mau comportamento” da Rússia, incluindo o envenenamento em solo britânico de um ex-espião atribuído a Moscovo, mas firmemente desmentido pelo Kremlin.