Madeira

Perante o ataque deliberado à autonomia, o PSD/Madeira deve responder com acção

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O Secretário-geral do PSD/Madeira, Rui Abreu, reforçou hoje a necessidade do Partido se unir em torno da Autonomia, numa altura em que esta conquista dos madeirenses está a ser alvo de um ataque deliberado.

“Todos nós sentimos que a actual conjuntura nacional não é fácil e que tem problemas identificados, que exigem atenção, mas sobretudo, que exigem acção e determinação política”, afirmou Rui Abreu, durante a Sessão de Abertura do XXII Congresso Regional da JSD/Madeira, que decorre entre hoje e amanhã em São Vicente, chamando a ‘Jota’ para esse combate.

“O vosso papel também é decisivo nesta luta, porque vocês são parte interessada nesta história”, lembrou o secretário-geral do Partido, falando de um “ataque deliberado à Autonomia”, que tem de ser combatido com ajuda de todos.

O PSD/Madeira, lembrou, tem defendido de forma intransigente a Autonomia Regional e os madeirenses, sempre de forma responsável. Por isso, e apesar do Partido manter sempre abertas as “portas do diálogo” independentemente da cor política que governe a República portuguesa, Rui Abreu diz que “há limites”, porque a defesa dos madeirenses e dos seus direitos é “inegociável”.

Os madeirenses, disse o secretário-geral, exigem que as promessas sejam cumpridas e as dívidas sejam pagas. Rui Abreu elencou o novo Hospital, a revisão do subsídio de mobilidade, a consagração da continuidade territorial, a redução dos juros do empréstimo, e o pagamento das dívidas relativas à sobretaxa do IRS, jogos sociais e dos subsistemas de saúde.

“Nós cumprimos com as nossas obrigações, exigimos que os outros também cumpram com as suas”, disse, depois de elogiar o trabalho desenvolvido por André Alves, presidente cessante da JSD/Madeira. “A JSD é fundamental não apenas pela mobilização, empenho e cor que dá às nossas campanhas eleitorais, e que são características dessa organização partidária, mas também porque sempre soube participar com ideias, propostas e com a sua actividade política em prol da Juventude.”

“Agradeço ao André Alves e a toda a sua equipa, o trabalho de enorme mérito que levou a cabo nesta organização”, referiu, acrescentando que a JSD continua a ser a melhor juventude partidária da Região. É imperioso, continuou, que a JSD/M seja uma escola de aprendizagem política, uma organização de causas, um espaço de debate, um momento de superação e uma elite preparada para aproveitar as oportunidades e mostrar o seu enorme valor.

“Enquanto secretário-geral, não quero, e acho que ninguém quer, uma JSD/Madeira apenas para fazer campanha eleitoral; ou uma JSD que seja mera ressonância das directrizes do Partido; ou uma JSD que não tenha vida própria e um caminho decidido”, sublinhou, dizendo acreditar numa ‘Jota’ irreverente, proactiva, empenhada, atenta, participativa, responsável.

“A JSD é fundamental não apenas pela mobilização, empenho e cor que dá às nossas campanhas eleitorais, mas também porque sempre soube participar com ideias, propostas e com a sua actividade política em prol da Juventude.” Uma ‘Jota’ perfeitamente integrada na estratégia do Partido, tal como as comissões políticas de freguesia e de concelhia, os TSD, a ARASD e o Gabinete de Estudos. Todos são importantes para o trabalho do PSD/Madeira.

“Temos enfrentado lutas difíceis: em três anos enfrentamos eleições regionais, eleições nacionais, eleições presidências, eleições autárquicas. E no próximo ano, teremos mais três para enfrentar: regionais, nacionais e europeias”, disse Rui Abreu, defendendo que a dinâmica do Partido passa muito pela preparação que é feita internamente.

“É para isso que trabalhamos: para que nos momentos decisivos tenhamos as melhores condições de vitória, mediante os diferentes contextos em que as diferentes eleições ocorrem”, disse, terminando com uma “palavra especial” para Bruno Miguel Melim, o futuro líder da JSD/Madeira. “Desejo-te votos de muitas felicidades e de muito sucesso, que estendo à tua equipa e aos órgãos que vão ser eleitos neste congresso. Tenho a certeza de que vão ser um exemplo de maturidade, de elevação e de valorização das ideias.”

André Alves, por seu turno, referiu-se à JSD/Madeira como a “maior e melhor escola de formação política”, que ao defender os interesses dos jovens madeirenses e porto-santenses, aliou-se às grandes causas do Executivo. “Ao longo destes dois anos, estivemos sempre aliados às grandes causas do nosso Governo Regional, seja através da revisão do subsídio de mobilidade, da criação do passe sub 23 ou à adaptação de programas de emprego para os mais jovens.”

O presidente cessante do JSD/M alertou para a “caça às bruxas” feita nas redes sociais por uma oposição com sede de poder. “É preciso travá-los”, afirmou, dizendo que, com as redes sociais e com grande parte da comunicação social manipulada pela oposição, “era muito fácil escorregar em falsas quezílias”.

No entanto “decidimos não fazer uma política de redes sociais. Não fomos uma Jota para a fotografia, optamos por trabalhar para as pessoas”, disse, exemplificando com o empenho da JSD/M no combate ao “flagelo do desemprego” dos jovens.

Falando das mudanças na política e na necessidade de acompanhar a evolução dos tempos, André Alves referiu que nasce agora uma nova JSD/JM , com outro projeto. “É sinal que a JSD não é, nunca foi, nem nunca será estanque.”