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Jerónimo diz que CDS “devia prestar contas” por votar contra fim de taxas na Saúde

Líder do PCP também falou do PS: “Ou está com os trabalhadores ou está contra eles”

Foto MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA
Foto MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

O secretário-geral do PCP alertou que hoje que o CDS, que “bateu com a mão no peito em relação à saúde”, devia “prestar contas” por votar contra fim das taxas moderadoras e acompanhamento de doentes não urgentes.

“Estávamos a ouvir, no congresso, o CDS a bater com a mão no peito em relação à saúde. Pois [o CDS] devia prestar contas, porque votou contra o fim das taxas moderadoras e acompanhamento dos doentes não urgentes”, afirmou Jerónimo de Sousa, referindo-se ao congresso dos centristas que hoje terminou, durante o comício comemorativo do 97.º aniversário do PCP.

O secretário-geral criticou ainda os CTT por “fecharem balcões, desinvestirem e sugarem as reservas da empresa”, anunciando depois, como fizeram esta semana, que “vão distribuir aos seus accionistas dividendos que são mais do dobro do lucro obtido em 2017”.

Dedo apontado ao parceiro da coligação parlamentar

O secretário-geral do PCP também afirmou que a votação de legislação laboral na quarta-feira, no parlamento, servirá para o PS mostrar se “está com os trabalhadores ou contra eles”, em convergência com o PSD e o CDS.

“Ou estão com os trabalhadores ou estão contra eles. O PS vai pôr-se do lado da parte mais débil ou vai juntar os trapinhos com o PSD e o CDS para vetar estas iniciativas legislativas?”, questionou Jerónimo de Sousa.

Referindo-se à votação de quatro iniciativas legislativas do PCP pelo “trabalho com direitos”, agendada para quarta-feira, o secretário-geral indicou estar “na hora de o PS dar um passo adiante e atacar estes problemas de frente, pondo fim à convergência com PSD e CDS, em matéria de direitos dos trabalhadores, como o tem feito nestes últimos anos, vindo ao encontro das propostas do PCP de valorização do trabalho e dos trabalhadores”.