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Organização Internacional para as Migrações criou base de dados único para migrantes venezuelanos

Foto REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) criou uma base de dados para migrantes venezuelanos que será usada, inicialmente, pela Colômbia, Peru, Equador e Chile, para regular o fluxo migratório naqueles países.

A criação da base de dados única foi anunciada pelo porta-voz da OIM na Colômbia, Christian Krüger Sarmiento, e integrará informação exata dos venezuelanos, contribuindo para normalizar o estatuto dos milhares de venezuelanos que abandonaram o seu país, escapando da crise política, económica e social.

Em declarações aos jornalistas, no Departamento Norte de Santander, aquele responsável da OIM explicou que “há muitos venezuelanos que trazem dois documentos [de identificação] legais, que obtiveram em dois países distintos”.

“Por exemplo, há os que têm o Cartão de Mobilidade Fronteiriça, emitido neste departamento, e que viajaram ao Peru, onde obtiveram a Licença Temporária de Permanência”, explicou.

Segundo a OIM, “esta é uma forma de depurar a informação e ser exato nos dados, nos países, para desenhar políticas mais acertadas”, e será possível saber, por exemplo, “se foram vacinados ou não”.

O diário colombiano La Opinión dá conta de que 43.159 venezuelanos receberam recentemente o Cartão de Mobilidade Fronteiriça no departamento Norte de Santander e há pelo menos 20 mil venezuelanos que receberam a Licença Temporária de Permanência no Peru.

Dados recentes divulgados pelas Nações Unidas dão conta de que mais de 2,3 milhões de venezuelanos abandonaram a Venezuela,

Aproximadamente um milhão de venezuelanos está a fixar-se na Colômbia e perto de 35 mil passam diariamente a fronteira para ir ao vizinho país comprar alimentos e medicamentos escassos na Venezuela.