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Nicolás Maduro disponível para mais um mandado presidencial

Foto Reuters
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O Presidente Nicolás Maduro disponibilizou-se hoje para se candidatar a mais um mandado presidencial, se assim o decidirem as forças políticas do chavismo, nas próximas eleições presidenciais convocadas pela Assembleia Constituinte, que deverão ocorrer até 30 de abril.

“Eu sou um humilde trabalhador, um homem ao serviço do povo (...), estou à ordem da candidatura presidencial se assim o decidirem as forças sociais e políticas da revolução bolivariana”, disse.

Nicolás Maduro falava em Caracas, durante um ato evocativo dos 60 anos da queda da ditadura do general Marcos Pérez Jiménez, a 23 de janeiro de 1958.

“Se o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), o Grande Polo Patriótico, a classe obreira, as mulheres e a juventude acreditarem que devo ser o candidato presidencial dos revolucionários, dos que amamos este país, assim serei”, sublinhou.

Por outro lado, felicitou a Assembleia Constituinte (AC), composta unicamente por apoiantes do seu regime, por ter convocado eleições presidenciais.

“Felicito a AC por ter dado este passo para fortalecer o espírito democrático, fortalecer a paz do país, convocar as eleições presidenciais no primeiro trimestre. É o passo correto e acertado”, frisou.

Maduro convocou para 04 de fevereiro um “Grande Congresso da Pátria”, para assinalar o ano de 1992, altura em que o falecido Presidente Hugo Chávez (que presidiu o país entre 1999 e 2013) liderou uma falhada intentona golpista contra o antigo chefe de Estado venezuelano Carlos Andrés Pérez (1922-2010).

Durante o congresso, disse, será decidido quem será o candidato presidencial revolucionário e debatido o Plano da Pátria (programa de governo) para o período 2019-2025.

A Assembleia Constituinte da Venezuela, composta unicamente por apoiantes do Presidente Nicolás Maduro, aprovou hoje um decreto a convocar a realização de eleições presidenciais até ao próximo dia 30 de abril.

A aprovação, “por aclamação”, teve por base uma proposta do deputado e vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello.

“É uma proposta que muito a ver com a pátria, com o amor a esta pátria”, vincou Diosdado Cabello.

O decreto aprovado será remetido ao Conselho Nacional Eleitoral para fixar a data para as próximas eleições presidenciais, nas quais Nicolás Maduro deverá ser novamente candidato à Presidência da República.