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Pais norte-americanos que torturaram 13 filhos dizem-se inocentes

Foto REUTERS/Frederic J. Brown
Foto REUTERS/Frederic J. Brown

Os pais acusados hoje de tortura e sequestro de doze dos 13 filhos durante vários anos, disseram no tribunal estar inocentes dos crimes, segundo fonte judicial do tribunal de Riverside, na Califórnia, Estados Unidos.

David Allen Turpin, 57 anos, e Louise Anna Turpin, 49 anos, foram apresentados hoje perante um juiz, vestidos de negro e algemados, de acordo com um assistente do processo.

Exceto o mais novo, de dois anos, as crianças, jovens e adultos estavam severamente malnutridas, só tomavam banho uma vez por ano e nunca foram ao dentista.

“O que começou por ser negligência passou para maus-tratos brutais”, disse Mike Hestrin, procurador do condado de Riverside, após a audiência.

Os pais foram acusados de tortura, sequestro, maus-tratos, atos obscenos e negligência, mas ainda poderão ser inculpados de outros crimes, e não deram explicações para a situação dos filhos.

“São maus-tratos físicos e emocionais graves, num comportamento perverso”, disse o procurador, acrescentando que está em curso um inquérito.

A próxima audiência na justiça ficou marcada para 23 de fevereiro.

Se todas as acusações contra eles forem provadas, David Allen Turpin, e a mulher, Louise Anna Turpin, poderão ser condenados a uma pena de prisão oscilando entre 94 anos e prisão perpétua, precisou o procurador do ministério público, Mike Hestrin, hoje, numa breve conferência de imprensa.

A polícia norte-americana encontrou no domingo 12 irmãos mantidos em cativeiro, alguns acorrentados, esfomeados e sujos na residência dos pais, depois do alerta dado pela 13.ª vítima, uma rapariga de 17 anos que conseguiu fugir da habitação situada em Perris, a duas horas a sudeste de Los Angeles (costa oeste).

No domingo, a adolescente telefonou para o número de emergência 911 a partir de um telemóvel que encontrou na casa e a polícia acorreu ao local, ao encontro da adolescente, “um pouco magra” e que parecia ter dez anos, que denunciou que “os 12 irmãos e irmãs tinham sido presos no interior da residência pelos pais e precisou que alguns deles estavam acorrentados”.

Inicialmente, a polícia pensou que as 12 pessoas encontradas “subnutridas e muito sujas” eram todas menores de idade, mas percebeu que sete eram já adultos, com idades entre os 18 e os 29 anos.

Seis das 13 vítimas, incluindo a adolescente que alertou as autoridades, são menores. Uma das vítimas é um bebé de dois anos.

Quando os agentes detiveram David e Louise Turpin, estes não explicaram por que razão várias crianças foram encontradas acorrentadas a camas, no escuro e no meio de um odor pestilento.

David Turpin é o diretor de uma escola privada em Perris, a Sandcastle Day School, que abriu em 2011, de acordo com um ‘site’ do departamento de Educação dos Estados Unidos.

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