Turismo

Transporte aéreo "vital" para atrair visitantes para Portugal

Quebra de entradas de britânicos na Madeira abordada na WTM

O transporte aéreo é vital no desenvolvimento do turismo em Portugal, admitiu a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, durante uma visita à feira World Travel Market, em Londres.

"O transporte aéreo é vital no que toca ao turismo. Quando se se fala em promoção, esquecemos que temos de falar também de transporte aéreo, que é tão ou mais importante que a promoção ou publicidade", afirmou à agência Lusa.

Apesar de entre Janeiro e Agosto o mercado britânico ter gerado mais 3,7% em termos de número de visitantes a Portugal relativamente ao mesmo período do ano passado, foi registado um decréscimo da capacidade aérea regular com origem no Reino Unido, em particular para a Madeira.

A easyJet, companhia de baixo custo, reduziu as frequências das rotas Bristol e Gatwick e eliminou a rota de Stansted, tendo-se registado uma quebra de 16,8% no número de turistas para aquele arquipélago, o principal destino dos britânicos a seguir ao Algarve.  "O governo está consciente disso, o governo da Madeira também", garantiu Cecília Meireles, adiantando estarem a "trabalhar para compensar e atenuar  as quebras de sazonalidade, trabalhando precisamente no transporte aéreo".Este esforço, disse a secretária de Estado, será também feito no Algarve, não devido à diminuição de ligações aéreas mas para tentar aumentar a capacidade para além da época alta.  "Para que não tenhamos apenas picos nos três meses de verão, mas para ter ocupações mais harmoniosas ao longo do ano", vincou.

Ainda assim, Cecília Meireles considerou o turismo como "uma bolsa de esperança" por ter resistido à crise graças à procura de novos mercados e ao bom desempenho em mercados tradicionais como o Reino Unido, França, Alemanha e Holanda.   "Há coisa que temos de perceber: a Europa enfrenta tempos de incerteza e isso afecta despesas que as pessoas fazem em férias. Portugal, mesmo com decréscimo do mercado interno e mesmo com um decréscimo do mercado espanhol - estamos a falar de dois terços do nosso mercado - tivemos um turismo mais ou menos estável este ano e um turismo externo com um crescimento à volta dos quatro por cento", sublinhou.