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Bragança lidera estudo sobre o que querem os médicos para se fixarem no Interior

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O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) esta a realizar um estudo sobre o que pode levar os jovens médicos a fixarem-se no interior do país, a pedido do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos.

A iniciativa foi divulgada hoje, num encontro sobre a Saúde, por António Araújo presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, e pretende apurar junto dos potenciais interessados o que os levaria a preferir o interior em detrimento do litoral.

Perante “a grande dificuldade que existe na captação de médicos jovens para o interior”, o Conselho Regional da Ordem desafiou o politécnico de Bragança a fazer “um estudo científico sobre as expectativas que podem levar” os profissionais a mudar as suas opções.

“Contamos, desde logo, com o apoio e adesão do politécnico e esperamos muito ansiosamente estas conclusões para que possamos apresentar à tutela, de modo a que possamos de alguma forma ter aqui um substrato para decisões políticas que venham a ser aplicadas e a ser levadas a cabo para trazer médicos para o interior do país”, afirmou.

A expectativa é a de poderem “apresentar as conclusões provavelmente no final do mês de maio”.

A Ordem considera preocupante a falta de médicos em distrito do interior como Bragança, onde a idade média dos profissionais é elevada, com a perspetiva de que “no prazo de quatro a seis anos irá levar á reforma de muito médicos”.

Ainda à espera das conclusões do estudo, o presidente do Conselho Regional adiantou que “é percetível por todos” que o incentivo não passará apenas por uma questão de ordenado e que “as pessoas escolhem o interior do país se sentirem que têm projetos de vida profissional e pessoal”.

“Portanto, é necessário tornar o interior do país atrativo para os jovens, nomeadamente para os jovens médicos”, acrescentou.

Para o responsável, além da parte remuneratória, “há toda uma série de outras iniciativas que podem ser e devem ser levadas a cabo, não só pela tutela, mas também pelos municípios” e que “permitam, por exemplo, aos cônjuges encontrarem eventualmente saídas profissionais também para eles mais facilmente que nas grandes cidades”.