Vitória de Bolsonaro não é regresso dos militares ao poder, diz general Eduardo Villas Boas
O comandante do Exército do Brasil afirmou que a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente não significa o regresso dos militares ao poder, embora manifestasse preocupação sobre uma possível politização dos quartéis.
Em entrevista ao jornal brasileiro Folha de São Paulo, o general Eduardo Villas Boas disse que a eleição de Jair Bolsonaro não representa “em absoluto” o regresso dos militares ao poder.
Eduardo Villas Boas, que se reuniu na terça-feira com Bolsonaro, assegurou que o Exército não quer que a “política volte a entrar nos quartéis” e que há uma separação entre Forças Armadas e Governo.
“Alguns militares foram eleitos, outros formam parte da sua equipa, mas institucionalmente há uma separação (...) porque queremos evitar que a política volte a entrar nos quartéis”, reiterou.
Para o comandante do Exército brasileiro, a indicação de militares para ocuparem cargos “noutras áreas” do Governo “é positiva” e representa o “regresso à normalidade”.
Segundo Villas Boas, Bolsonaro “é muito mais um político”, depois de ter saído do Exército em 1998.