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Cem pessoas detidas por corrupção petrolífera, fraude e branqueamento na Venezuela

Foto Shutterstock
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Cem pessoas foram detidas na Venezuela desde agosto de 2017, por alegado envolvimento em corrupção no setor petrolífero, fraude nas importações e branqueamento de dinheiro na Banca Privada de Andorra.

O número de detidos foi avançado na quarta-feira pelo procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, durante uma sessão daquele organismo, na qual fez um balanço da atuação do Ministério Público.

“Cem pessoas privadas de liberdade é a soma da desmontagem de tramas de corrupção contra o setor petrolífero”, disse.

Segundo Tarek William Saab, a corrupção ocasionou danos de mais de 15 mil milhões de dólares (cerca de 13 mil milhões de euros), incluindo o branqueamento de dinheiro na Banca Privada de Andorra e irregularidades no uso de divisas (dólares a preços preferenciais) através da Comissão de Administração de Divisas e do Centro de Comércio Exterior.

“Catorze procuradores do Ministério Público foram colocados à ordem das autoridades, nos últimos cinco meses, por vínculos com delitos como a extorsão e o abuso de poder”, precisou.

Por outro lado, explicou que foram emitidos mandados de detenção contra pessoas envolvidas em corrução, instando a que os acusados “deem a cara” e não digam que são “perseguidos políticos”.

“Que nenhum se diga revolucionário, porque propiciaram o desfalque deste país. Deveriam ter vergonha”, frisou.

Por outro lado, disse concordar com uma proposta recente do Presidente Nicolás Maduro para que seja criado um “regime penitenciário para estes casos”.

“Têm que haver cárceres e lugares de reclusão exclusivos para estes temas, porque apenas vimos a ponta do icebergue”, concluiu.