Madeira

PS acusa Governo Regional de “subverter prioridades”

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O Grupo Parlamentar do PS-Madeira acusou, esta manhã, o Governo Regional de estar a “subverter as prioridades” e disse que os madeirenses e porto-santenses não compreendem como é que se começa a pensar em novos investimentos públicos quando o programa do Executivo ainda não foi cumprido e quando falta dinheiro nas áreas da Saúde, da Educação e no apoio à terceira idade.

Em conferência de imprensa, o líder parlamentar do PS-M começou por referir-se à promessa do presidente do Governo de aumentar o cais do Funchal em mais 400 metros num próximo mandato. “Parece, mais uma vez, a promessa do Armas, que seria durante o ano inteiro, 365 dias, para agora ser 12 viagens e durante 90 dias”, disse Victor Freitas, explicando que “estas promessas redundam a seguir numa falácia e numa lógica de caça ao voto”, pelo que “esta promessa pode vir a ser, não os 400 metros para ampliação, mas 40 ou mesmo 4 metros”.

O parlamentar socialista lembra que está para ser lançada a construção do novo hospital (uma obra de mais de 300 milhões de euros, que o Governo PS irá pagar 50% e decorrerá por um período para além do actual mandato), quando há, neste momento, “obras inacabadas, como a ligação rodoviária entre a Boaventura e Santana, a ligação à Ponta do Pargo, a Cota 500, bem como as escolas da Ribeira Brava e do Porto Santo que estão a ser edificadas com dinheiros do Fundo de Coesão”.

Segundo Victor Freitas, “é necessário estabelecer prioridades dos investimentos que a Madeira precisa”, refere, salientando que “adiar o pagamento de dívida, como se viu recentemente, e todas as semanas anunciar novas obras públicas, demonstra a subversão da realidade aos calendários eleitorais e a instrumentalização do governo ao serviço de um partido”.

O líder parlamentar do PS-M alerta que a Madeira tem problemas graves na área da saúde, listas de espera para cirurgias com mais de 18 mil utentes, que faltam lares para idosos, que há altas problemáticas por resolver, que há problemas na área da habitação, sem que o Governo apresente uma única medida. “Vemos agora que o Governo Regional subverteu as prioridades, porque estas promessas elencadas anteriormente estão no programa do Governo”, acusa. “O senhor presidente do Governo está a subverter aquilo que são as prioridades e os madeirenses e porto-santenses não compreendem como é que se começa a pensar em novos investimentos públicos quando o seu programa eleitoral ainda não foi cumprido e quando falta dinheiro nas áreas da Saúde, da Educação e no apoio à terceira idade”, reforça, acrescentando que “fugir destas prioridades é querer novamente enganar os cidadãos e prejudicar a Madeira e as futuras gerações”.

Por estas razões, Victor Freitas disse que o PS irá propor na Assembleia, à semelhança do que está a ser desenvolvido no País, a criação de uma comissão para obras estruturantes, que envolva o Governo, os partidos políticos e as autarquias. “Queremos obras públicas que sejam planeadas, que tenham por base estudos de sustentabilidade financeira. Queremos ter finanças públicas saudáveis. Não queremos voltar ao passado para viver novos planos de ajustamento, pedir novos resgates que depois caiam sobre a cabeça das famílias e das empresas dos madeirenses e dos porto-santenses, como tivemos nos últimos anos”, frisou.