Madeira

Município do Porto Santo considera “grave e inaceitável” o cancelamento das ligações aéreas inter-ilhas

Idalino Vasconcelos diz que vai solicitar audiência ao Ministro do Planeamento e das Infra-estruturas

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Com os constantes cancelamentos, dos últimos dias, das ligações aéreas entre o Funchal e o Porto Santo e após o envio, no último dia 8 de Agosto, de um pedido de esclarecimento à empresa Binter, “ainda sem resposta”, a Câmara Municipal do Porto Santo vem a público repudiar as alterações “que têm prejudicado largamente” os residentes daquela ilha.

No comunicado hoje dirigido à imprensa, Idalino Vasconcelos diz entender os cancelamentos das ligações aéreas “unicamente por motivos operacionais ligados a condições meteorológicas desfavoráveis e por motivos de segurança dos passageiros”, mas não aceita os “cancelamentos apenas entre nas ligações aéreas entre o Porto Santo e o Funchal, quando outros voos operam normalmente, no Aeroporto Cristiano Ronaldo”.

“Até ao momento, ainda não tivemos qualquer reposta oficial acerca do ponto de situação da concessão da linha aérea, uma responsabilidade directa e exclusiva do Governo da República Portuguesa”, afirma o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo, acrescentando que “o que se passa no aeroporto da Madeira com os constantes cancelamentos é inaceitável”.

A responsabilidade essa considera que “deve ser imputada ao Governo Central, em relação à própria concessão da linha aérea de interesse público (o garante da continuidade territorial) e à companhia aérea espanhola, na questão do apoio aos passageiros”.

“Esta é uma ligação de interesse público muito importante para a ilha do Porto Santo que depende fortemente dos transportes aéreos e marítimos. Qualquer cancelamento injustificável é inaceitável e é um entrave à mobilidade dos passageiros, em particular, todos os porto-santenses, onde se incluem crianças e idosos e ainda o transporte de mercadorias, onde se incluem os medicamentos”, sublinha Idalino Vasconcelos.

“Não aceitamos este tratamento à população do Porto Santo e por isso vamos continuar atentos na reivindicação e solicitar uma audiência ao Sr. Ministro do Planeamento e das Infra-estruturas”, remata.