Madeira

Madeira quer avançar em força com projectos do IFRRU

Foi hoje apresentado no Funchal o instrumento de reabilitação e revitalização urbana

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Foi realizada esta tarde a 14.ª sessão (em 15 no país) de divulgação do Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbana (IFRRU), que dispõe de 700 milhões de dinheiro público e 700 milhões através de quatro bancos, num total de 1.400 milhões de euros para incentivar entidades públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, a melhorarem significativamente a qualidade dos edifícios.

Só na Região Autónoma da Madeira existirão mais de 11.500 infra-estruturas que carecem de reabilitação média a muito grande, 39% das quais só no Funchal e 69% em quatro concelhos (Santa Cruz, com 1.218, Machico, com 1.195, e Câmara de Lobos, com 1.037, além do Funchal). Para já, segundo foi avançado na apresentação pública que decorreu num bem composto Salão Nobre do Governo Regional, dois projectos foram já aprovados e contratados para reabilitação integral de prédios na área do Turismo, no Funchal, implicando um investimento de 1,5 milhões de euros.

Segundo o Vice-presidente do Governo, Pedro Calado, outros dois projectos da Madeira estão prontos a serem contratualizados e há outras 15 intenções de investimento, estando os interessados a começar os processos de candidaturas. O governante , que aproveitou para apontar alguns números da actividade económica regional em crescimento desde Junho de 2013, nomeadamente com forte contributo do sector da construção (edifícios concluídos, vendas de alojamentos familiares, novas casas face às casas existentes e a comercialização do cimento), lembrou que “dado o efeito multiplicador do emprego da construção civil na economia, cada posto de trabalho criado nesta área induz mais dois postos de trabalho em sectores a montante ou a juzante”.

Jorge Faria, presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE), que desde a primeira hora ajudou a criar o IFRRU, lembrou que este instrumento não só é uma oportunidade para reabilitar património degradado numa terra que tem boas condições de vida, mas sobretudo porque “queremos aumentar a nossa qualidade de vida”.

Também o presidente do IFRRU, Abel Mascarenhas, destacou que o exemplo de que a Madeira abraçou este projecto é que os primeiros dois projectos aprovados foram feitos na RAM. O país, disse, tem cerca de um milhão de edifícios a precisar de reabilitação, pelo que será importante o papel das autarquias, pelo que pediu a estas que agilizem os processos que lhes cheguem e também tenhas actualizadas as Áreas de Reabilitação Urbana.