Madeira

Luís Vilhena afirma que é “uma falta de respeito” a TAP falar em tarifas módicas

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Luís Vilhena, deputado do PS/M na Assembleia da República, afirmou que quando o presidente executivo da TAP refere que “o valor médio de 200 euros é um valor módico para um percurso que demora uma hora e meia é não ter a noção do que é que está a dizer ou tentar desvalorizar” um problema que afecta os madeirenses ao terem de pagar viagens caras para sair da ilha. Uma situação que se agrava, continuou o socialista, quando comparado com os residentes de Lisboa que podem “ir a qualquer parte da Europa por 50 euros ou menos” e ainda voarem para os EUA por 500 euros”. Por isso, no seu entender, é “uma falta de respeito” afirmar os valores praticados pela TAP na Madeira “são módicos”.

Além disso, o deputado do PS/M disse que este é um problema que não afecta apenas os residentes, mas também os turistas. “Muitas vezes os destinos Madeira e Porto Santo são marcados em cima da hora e pode ascender até aos 400 euros ou mais e, portanto, para o próprio turismo até é ainda mais grave dizer que isto são preços módicos quando nós temos destinos que custam menos para a operação e que são muito mais baratos. A TAP merecia que houvesse outras companhias que permitissem uma real concorrência, aí se se calhar já não praticava os preços módicos que eles dizem que praticam”, referiu, reagindo, desta forma, a Antonoaldo Neves que, numa entrevista ao Expresso, diz que a TAP pratica tarifas módicas para a Região.

Em relação aos limites de vento que o presidente executivo da TAP garantiu que não iria ceder, Luís Vilhena apontou que essa é uma responsabilidade da ANAC. O deputado do PS/M disse que as alterações que ocorreram nos últimos tempos motivaram (e bem) um estudo, até porque em causa está a realização de uma aterragem em segurança, mas esta é uma questão que deve ser única e exclusivamente baseada em decisões técnicas fundamentadas.

“Não deve ser uma decisão administrativa nem deve ser uma decisão política, deve ser uma decisão técnica, pois se a TAP disser que mesmo com novos estudos se alteram as condições de aterragem no aeroporto, se decidir que tem limites de segurança superiores tem que os justificar devidamente, não pode dizer que mesmo que os limites mudem a TAP não muda de limites, acho que é um disparate”, opinou.

No que concerne à questão da pontualidade daquela companhia aérea, disse que este é um problema não só da TAP, mas também dos aeroportos, sobretudo o de Lisboa. “Mas também vemos isso nos outros aeroportos europeus em que as slots para os aviões estão a ficar sobrelotadas”, justificou.