Num comunicado dirigido à imprensa, a autarquia santacruzense reagiu à recolha de assinaturas contra a Taxa Municipal de Protecção Civil, promovida pelos comunistas este fim-de-semana. A este respeito, Câmara Municipal de Santa Cruz faz “três esclarecimentos”:

“Primeiro, entende a CDU que uma Taxa Municipal de Protecção Civil de 80 cêntimos mensais por família é um roubo, quando sabe perfeitamente que essa mesma taxa tem servido para equipar os Bombeiros Municipais, revertendo, dessa forma, para um melhor serviço de segurança e salvamento à população”;

“Segundo, orgulha-se a CDU de ter recolhido 300 assinaturas numa população de 45 mil habitantes, a maioria dos quais está com os seus bombeiros e tem orgulho em participar na melhoria das condições de trabalho de uma classe com quem essa mesma população sabe que pode contar nas horas de maior dificuldade”;

“Terceiro, mas não menos importante, esta autarquia aconselha a CDU a fazer o mesmo abaixo-assinado em Setúbal, onde a Câmara é liderada pela CDU e onde está em vigor uma taxa Municipal de Protecção Civil em moldes muito semelhantes à praticada em Santa Cruz. Taxa essa que foi aprovada e que é praticada pela CDU”.

O executivo termina dizendo que “política com honestidade exige verdade, mas também coerência”.

Recorde-se que, conforme foi noticiado na edição impressa de hoje do DIÁRIO, a CDU esteve ontem em Santa Cruz em contacto com as populações, onde dinamizou um abaixo-assinado que contou com cerca de 3 centenas de assinaturas.

Este abaixo-assinado, encaminhado para o Provedor da Justiça, exige o fim da Taxa de Protecção Civil que “é ilegal e inconstitucional”. O porta-voz comunista, José António Jardim, disse na ocasião que tratava-se de uma situação de “roubo escandalosa por parte do executivo camarário do JPP”.