Na Madeira como oradora na conferência ‘Uma escola pública para todos e cada um’, a convite da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, a secretária de Estado da Educação disse que o conceito já existe em Portugal, mas reconheceu que “ainda pode ser melhorado”. A “chave”, diz Alexandra Leitão, passa pela autonomia curricular das escolas, um dos assuntos que tem marcado o debate nacional ao nível do ensino.

Para a secretária de Estado, esta noção de “escola para todos e para cada um” concretiza-se em duas vertentes fundamentais para o sucesso escolar de todos: “para todos, garantindo a igualdade de oportunidades e, para cada um, garantindo a diversidade e tentando dar respostas às necessidades individuais”.

“Dar autonomia às escolas para moldarem as suas funções, os seus currículos, as suas respostas é provavelmente a chave para a complementaridade aos tais dois aspectos [que dão o mote à conferência], reitera Alexandra Leitão.

O Secretário Regional da Educação esteve também presente na iniciativa, reforçando a ideia de que “a autonomia das escolas é fundamental para que cada uma possa desenvolver o seu projecto educativo e que possa encontrar aquilo que são as melhores soluções para dar a resposta ao perfil de alunos que possui”.

Prova disso, aliás, argumenta Jorge Carvalho é o facto de no presente ano lectivo ter sido colocada às escolas a possibilidade de recrutarem até 15 por cento do seu corpo docente, “precisamente para dar resposta a esse perfil dos alunos e do projecto educativo”.

A carreira docente, a transição de professores entre a Madeira e o continente e a forma como está a ser implementada a flexibilização curricular nas escolas, são ainda alguns dos aspectos que serão discutidos numa reunião entre os dois representantes do ensino, durante a visita da secretária de Estado da Educação à Região.

Antes da conferência, Alexandra Leitão participou na inauguração da exposição ‘Subcutâneo’, de José Manuel Gomes, patente ao público na galeria escolar Espaçomar até meados de Março.