António Ledezma acusa o regime de Maduro de estar ligado ao narcotráfico
O ex-alcaide de Caracas, Antóno Ledezma, que vai receber, junto com Júlio Borges, o prémio Sakharov, comparou o regime venezuelano a um “porco” grotesco e acusou o governo e diversas instituições de estarem ligadas “ao narcotráfico”.
Na Venezuela, garante, “não há Estado de direito, não há separação de poderes, quebrou-se o princípio de um homem um voto, opinar transformou-se num delito”.
Ledezma referiu as perseguições a jornalistas, meios e comunicação encerrados e processos eleitorais fraudulentos.
“Há mais presos políticos do que em Cuba. Na Venezuela vivemos numa ditaduda”, garante o ex-alcaide que esteve preso e conseguiu fugir para Espanha.
Os lideres do regime de Caracas, acusa, “estão relacionados com o narcotráfico” e dominam o aparelho do Estado.
“Pablo Escobar não conseguiu dominar as instituições da Colômbia, na Venezuela o Estado foi sequestrado por esta camarilha criminosa”, acusa.
Ledezma também referiu os “venezuelanos à fome”, num pais que é o sexto do mundo em reservas naturais, mas que tem “600 mil milhões de dólares em paraísos fiscais”.
O ex-alcaide de Caracas que, com Julio Borges, vai receber o Premio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, pediu ajuda à comunidade internacional porque “o povo venezuelano está sequestrado”.
“Este prémio é para a coragem de um povo heróico”, afirma.