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Sindicato dos motoristas diz que greve só termina quando Antram apresentar “proposta razoável”

Foto Miguel A. Lopes/LUSA
Foto Miguel A. Lopes/LUSA

O Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas assegurou que a greve que arrancou hoje se vai prolongar até que a Antram apresente uma “proposta razoável” e reiterou que só serão cumpridas oito horas de trabalho diário.

“Os portugueses vão aguardar até que a Antram [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] apresente uma proposta que seja razoável para que se possa desconvocar a greve. Até lá estaremos um dia, uma semana, um mês, o tempo que for necessário”, garantiu o porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pardal Henriques.

O advogado do SNMMP falava hoje à noite aos jornalistas na sede da CLC - Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa, ponto escolhido para assinalar o início da greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, que decorrerá por tempo indeterminado.

Pardal Henriques garantiu que os serviços mínimos decretados pelo Governo serão cumpridos, mas reiterou que os motoristas só cumprirão oito horas de serviço por dia.

“Nós dissemos, desde o início, que vamos fazer apenas oito horas por dia. Se as escalas ultrapassarem as oito horas teremos de escolher quais são os serviços prioritários”, sublinhou.

Em 15 de julho, o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) e o SNMMP entregaram um pré-aviso de greve e no sábado, após a realização de um plenário conjunto, decidiram manter a paralisação, na sequência de negociações infrutíferas nas últimas semanas com a Antram sobre progressões salariais.